tag:blogger.com,1999:blog-47701206571116624052024-03-13T09:15:39.379-07:00Casa Católica"Esta é uma Casa Portuguesa, Uma Casa Legitimamente Portguesa"Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.comBlogger25125tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-11049413518708136522008-06-29T09:18:00.000-07:002008-06-29T10:46:47.585-07:00Como a Menor das Criaturas consegue falar do Reino de Deus<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><b style="">A História da Conversão de uma Alma (Minha Alma)<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><b style=""><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><b style="">Chegou a hora...</b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Esta é a história real de uma alma que encontrou enfim o aconchego da verdade absoluta. Pode alguém desejar pensar – é ínsito ao ser humano pensar - que é somente mais uma entre tantas histórias de tantos outros seres humanos que encontram o seio materno da Igreja Cristo. Eu até concordaria se a história que narro não fosse a história da minha vida, que possivelmente não representaria muito para tantos que pudessem ler tão emocionadas linhas, mas no entanto é minha vida, e ela significa muito pra mim, e significou além das medidas humanas para um jovem homem que se auto-intitula <i style=""><a href="http://atanasiano.blogspot.com/">“a menor das criaturas”</a>.</i> Foi essa criatura "tão pequena" que tornou possível o preenchimento d0 infinito espaço de minha alma pela certeza do amor incontestável da Igreja de Cristo.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Meu nome é Maria Evora, tenho 45 anos, sou viúva de um excelente marido e tenho três filhos. Nasci em um lar protestante tradicional, sempre vivi tal ambiente. Nele que recebi toda a minha formação luterana tradicional juntamente com a educação formal. Estudei filosofia e os escritos reformados; também durante vinte anos mantenho o estudo da astronomia como uma ocupação diária. A razão sempre foi pra mim o único sinônimo de obtenção da verdade. Tudo que estudo e faço não se dá fora da persuasão e da investigação dos fatos que tornam claras as evidências do conhecimento cieintífico. No lar familiar que cresci como cristã, todos nós éramos praticantes fidelíssimos das orações, embora estivessem sempre acompanhadas de ferozes críticas aos católicos. Não era difícil em meio a orações que julgávamos ser corretas, manifestarmos palavras como: </p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">“Senhor, convertei os católicos idólatras, tirai-os do Papa”;</i> ou ainda, </p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">“Pai, como são eles pecadores e tão perdidos no papismo”. <o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Quando me casei, foi meu desejo junto do meu falecido esposo tornar nosso lar um lar estritamente arraigado no protestantismo. Educando nossos filhos da prática dos ensinos reformados teríamos uma vida tranquila, sem complicações. Construí minha vida sendo inimiga declarada da Igreja Romana. Estudei com afinco os ensinamentos de Erasmo de Roterdão, João Wesley e João Calvino, logrando neles a pura razão. Estava sempre pronta para o debate, no entanto, a mesma razão que eu sempre julguei ter, era terminantemente perdida quando argumentava com um católico romano: </p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">“Você não tem conhecimento”-</i> dizia sempre com dureza. </p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">“Sua Igreja é uma mancha na história, e somos nós protestantes os libertadores poder profano dos Papas”.<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Que razão eu teria em tais argumentos? Certamente na época todos eram muito convincentes ao meu egoísmo, ao ponto de serem verdadeiros vendas que me impediam de olhar com profundidade para outros realidades. Usando dos conceitos por mim previamente elaborados, tinha-me sempre por vencedora, mesmo na verdade sendo a perdedora mais eficaz que o protestantismo já teve. Ninguém se daria a conversar com alguém que perdesse de início qualquer capacidade argumentativa e usava de ironias e agressividades para o que eu julgava ser um diálogo. </p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">A fórmula que resumia minha fé – e toda minha agressividade contra os católicos – estava contida na manifestação de Lutero diante do Imperador Carlos V e dos príncipes da Alemanha, quando prestou contas de seu ensino reformado:</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">“Já que me pede uma resposta, darei uma que não deixa margem de dúvidas. A não ser que alguém me convença pelo testemunho da Escritura Sagrada ou com razões decisivas, não posso retratar-me. Pois não creio nem na infalibilidade do Papa, nem da dos Concílios”.<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Como me soava certa tal manifestação do reformador diante dos reis e príncipes. Lutero não dividiu somente o cristianismo, mas dividiu a Europa. Tudo que a Igreja Católica tinha mantido firme com a queda do Império Romano, o frei agostiniano tentou destruir com sua pretensiosa e malfada Odisséia.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">De um fato eu estava certa, e era exatamente ter a convicção de querer estar no caminho da verdade, não me furtando do direito de sempre buscar as respostas que nenhuma filosofia moderna poderia me dar. Estava feliz no meu protestantismo, pois nem a Igreja que existia durante dois mil anos era capaz de me convencer do contrário. Certamente o Cardeal Newmann estaria dando gargalhadas de mim.le mesmo um opositor do catolicismo dos mais eficientes, e acabou - depois de desejar provar que a Igreja Católica não era a Igreja de Cristo - afirmando que tal Igreja jamais errou, rendendo-se aos sacramentos de Roma e eleito Cardeal. </p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Qualquer momento para mim era propício ao ataque; se me falavam de sacramentos, eu tinha na ponta da língua a Confissão Luterana de Augsburgo; se alguém tivesse o atrevimento de discorrer sobre a Bíblia, ligeiramente eu me municiava das traduções luteranas dos Textos Sagrados; se algum mestre ensinava sobre a sucessão dos apóstolos, tão naturalmente eu reagia com o falso axioma protestante da Igreja presente em todos os lugares – ainda que não admitisse sob nenhuma hipótese que se a Igreja de Cristo estava em todos os lugares, logicamente também estaria na Igreja Católica. Meu ego me afogava em profunda cegueira. Era feliz em minha vida construída sobre as mais movediças das areias, e não sabia que minha mansão iria ruir apesar do meu convencimento de que o protestantismo era em si a essência única do cristianismo.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Estudava horas os escritos protestantes, dedicando-me especialmente às Confissões Reformadas: Augsburgo, Belga, Escocesa, Westminster, Gaulesa, New Hampshire, Saxônica, Tetrapolitana e Wurtemberg. Todas elas eram claras – mesmo que obscuras – quanto ao que eu mais desejava: derrotar o Papado e os Bispos Católicos; fazer ruir os pilares de Roma, como se isso fosse possível!</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Apesar de feliz em meu palacete de argumentos, sempre me incomodei com um fato inexoravelmente intrigante, na indagação – que era mais uma ferida aberta e escondida de todos - de que um fiel do protestantismo e de todas as suas ramificações – pois temos que admitir que o protestantismo já nasceu divido com Martinho Lutero, Ulrich Zwinglio e Felipe Melanchton – era mais um objeto de posse dos pastores, mestres e doutores em protestantismo do que um membro efetivo do corpo que eles julgavam ser igreja. Somos muito mais uma fonte de números e valores do que fiéis em sentido estrito, ou seja, pessoas que aderem aos ensinamentos de Lutero e demais reformadores pelo fato de realmente crermos no que eles ensinaram. Não importa a fé, o que é necessário e quantos mais puderem se opor ao poder dos Papas. Infindáveis discussões foram travadas com mestres e doutores em protestantismo. Eu meconsiderava mais uma entre tantos outros e que nos faltava uma mística profunda, que nos tornassem ainda mais virtuosos, invés de nos julgarmos santos já em vida. Esse pensamento sempre justificou atitudes extremamente controvertidas de nossos mestres, ao ponto que tornava legítimo ainda mais o poder profano de desejar possuir números e cifras e não fiéis verdadeiros.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Entre minhas intrigas mais atrozes, estava também uma questão se que se apresentava extremamente complexa: - <i style="">“Sendo o protestantismo já divido já no seu nascimento, se o cristianismo pedisse socorro à unidade, seríamos nós protestantes ramificados em infinitas denominações, o meio eficaz de manter a unidade? Se um colapso cultural e jurídico como foi a invasão dos Bárbaros no século IV novamente ocorresse, toda a nossa filosofia e teologia seria suficiente para manter nossos modos de vida? Supondo que a humanidade clamasse por auxílio ao protestantismo não seríamos nós muito mais um grande grupo de denominações controversas entre si, que possibilitam acusações mútuas para engrossar cada qual suas fileiras, do que de fato prestar auxílio ao ser humano perdido, especialmente por eventos históricos que não poderemos evitar?</i> - Estava aí o meu calcanhar de Aquiles e nunca pude imaginar que alguém seria capaz de decifrar em mim esse código. Qualquer momento que fosse possível que eu questionasse a minha fé radicalmente protestante, em razão dessa falha estrutural tanto do protestantismo quanto dos protestantes – quanto de mim - lembrava-me da Igreja Católica tão profana e herética, da ousadia e coragem de Lutero e dos reformadores, e tudo voltava ao normal. Meu palacete construído em areia ainda não tinha sofrido os efeitos da ventania, até o dia que conheci <a href="http://atanasiano.blogspot.com/">“a menor das criaturas”.</a></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Entre meus mais admirados versados na doutrina luterana, estava um senhor de nome João Vital, morador de Lisboa e grande conhecedor das Sagradas Escrituras. Homem dado ao debate, sempre me outorgava sua presença e paciência. Perguntei-lhe certa vez:</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Somos tantos espalhados em infinitas denominações, então se a unidade do mundo dependesse de nós, o que teríamos a oferecer?<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Ele respondeu:</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Maria, essa não é nossa razão de existir, temos que manter a tradição protestante, isso nos basta! Se somos aqueles que desde a reforma protestante são os opositores do Papado, devemos permanecer fiéis ao que nos é dado como regra. As intenções de Lutero foram sinceras; não podem ser perdidas por causa de nossas dúvidas pessoais.<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Repliquei:</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Mas é Cristo que pede a unidade? Então, se três dias após Lutero romper com as estruturas canônicas de Roma já estavam discutindo Zwinglio e Melanchton sobre suas visões diferentes de Lutero e querendo dividir a Europa, isso significa que não há unidade em nós!<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">A resposta foi fria e sem sentido:</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Lutero desejou apenas reformar a doutrina cristã, negando o poder dos Papas. É isso que devemos saber e seguir. Qualquer outra forma de pensamento não condiz com o que professamos, assim se tivermos que dividir para conquistar ainda mais, que exista pois a divisão em nome do Evangelho e do luteranismo!<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Sei que nunca poderia colocar em linhas minha decepção. Tive a sensação de ser um mero objeto de um conflito de interesses que teria fim somente na grande consumação dos tempos. De um lado estava uma Igreja que admitidamente sobrevivia após dois mil anos, e de outro uma doutrina com apenas quinhentos anos de caminhada. Se sopesássemos as duas numa justa medida, não nos sobraria mais nada do que lamentar por mil e quinhentos anos que nunca existimos. Sentia calafrios ao cogitar a possibilidade de que no fim perderíamos tudo, porque Roma se erguia imponente enquanto nós estávamos dispersos sem qualquer unidade. Os católicos tinham contra mim um argumento infalível: <span style="font-style: italic;">eram os mesmos em doutrina e na fé desde os primórdios apostólicos.</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Foi pelo protestantismo que conheci toda a Europa e o Brasil. Era participante assídua dos eventos protestantes e principalmente uma de suas entusiastas: <i style="">- “preciso levar a verdade mesmo com dúvidas concretas e incômodas sendo partes de meu existir”. </i>Calhou-me uma viagem ao Brasil, para visitar amigos em São Paulo, Valinhos e Campinas, cidades promissoras onde mantínhamos círculos de ensinamentos protestantes e educação bíblica. Era prazeroso assim fazer pelos menos uma vez ao ano. Viajava feliz de Portugal ao Brasil para ajudar a criar novos combatentes do protestantismo, e também outros tantos inimigos do Papa e da Igreja Católica. Soava como divertimento rir da ignorância dos católicos - e como me sentia bem e me acalmava os ânimos – ao ponto de decorrerem horas de sátiras tão cruéis. Qualquer um dos tantos que estivessem conosco se tornavam críticos do catolicismo, com argumentos muito mais difamantes da honra dos católicos do que edificantes ao protestantismo. </p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Era o mês de abril de 2007, estávamos em Valinhos quando se apresentou a possibilidade de viajarmos até o sul de Minas Gerais, onde teríamos meios de nos encontrarmos com eminentes estudiosos do protestantismo numa chácara na cidade de Passos. Desejava conhecer a fé luterana da região que deu ao protestantismo presbiteriano a pessoa de Rubem Alves, um professor tão notório quanto lido entre os que adotam sua linha mais progressista. Apesar de que nunca me senti tal, não podia negar o fato de que ele representava toda a fé reformada que eu tanto orgulhava possuir. Prontamente tomamos todas as medidas para irmos felizes conhecer nossos irmãos e nos deleitarmos em ensinamentos sobre o protestantismo e quem sabe criticarmos com mais rigor os católicos romanos. Não sabia que meu alçapão já estava me esperando com um dos meus pés já dentro dele.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Chegando na cidade, eis que conheci um templo presbiteriano bem no centro onde eu estava hospedada conjuntamente de outros amigos. O templo era estilo bem romano e se erguia entre outras construções de uma cidade muito bonita. Mesmo assim a expectativa para o encontro no final de semana era enorme e mal podia ter meios de arranjar momentos para passar o tempo que era severo em não me beneficiar com a velocidade. Totalmente inquieta e ansiosa ao ponto de transpirar pelas mãos, eis que uma de minhas companheiras de nome Graciela me fez um convite para o próximo dia – que seria um lindo sábado ensolarado; um dia em que grande sinal da luz em que em mim já estava raiando nasceria, uma nova aurora já dava sinais de alvorecer – de ir até uma palestra que seria realizado por seu curso universitário de ciências jurídicas. Não me interessei e me sentia perdida diante da ansiedade, mas confesso que considerava cansativo ouvir uma palestra de um ramo do conhecimento que eu não dominava, afinal eu era protestante e só a religião tinha toda a minha adesão de consciência e de estudo, ao lado de minha amada astronomia. Para minha surpresa, a senhorita que me acompanhava – tão ou mais protestante que eu – me disse: - <i style="">“vamos, irá gostar! Será uma aula sobre direitos humanos e religião”. </i>Soou-me de repente um pouco mais interessante, pois o que poderia ter dos mestres do protestantismo como Wesley, Lutero, Calvino, Zwinglio e Melanchton na história dos direitos humanos? Aceitei o convite.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Na linda manhã de sábado o sol se fez presente. Acordei com um pensamento latejante na cabeça: - <i style="">“quisera entender melhor o protestantismo para enfim dar a ele os contornos que tanto falta em sua doutrina, assim, nós, seus professos, não iremos nos sentir apenas um número dos interesses da igreja”.</i> Aquele remoer cognitivo já era a semente do que cerca de horas depois seria o mudança mais radical que uma mulher nos seus quarenta e três anos de vida – à época - já havia experimentado. O centro de eventos era próximo, tanto que caminhamos três quadras até chegar ao local. Lá vi alunos da universidade estadual chegando para a aula, que apesar de ser realizada pela academia, estava aberta ao público em geral. Adentramos pelo centro de eventos e um grande número de pessoas se fazia presente. Muitos com seus cadernos e livros, outros de terno a rigor, enquanto outros não tão bem postados. Quando é anunciado o palestrante, o meu inconsciente esperava um senhor já gasto pelos anos e com o vocabulário de um ancião - foi esse o meu primeiro engano dia, e outro maior ainda me aguardava. Sobe um jovem no plenário, estava muito bem vestido de terno preto, uma linda camisa branca e uma gravata muito bem disposta - ao estilo de um europeu muito fino. Imediatamente associei aquela figura aos jovens estudiosos de nossa doutrina. O rosto era de uma criança, mas transparecia segurança - o que me entusiasmou – seria ele um grande pastor protestante, especialmente daqueles caráteres que arrebatam toda uma assembléia de fiéis com seus discursos e pregações fundamentados na Sola Scriptura Luterana?</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">De tal forma projetei tal imagem que me senti logo identificada com sua pessoa, no entanto, sofro o meu segundo engano do dia. Ao lado de minha companheira digo: </p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">“Agora sei porque me convidou! Porque esse jovem é um grande orador de nossa fé. Estou feliz por estar aqui”.</i> </p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Mas a negativa foi cortante: </p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">“Não Maria! Ele é católico, e não é daqueles que vão à missa uma vez ao ano. Alguns dizem que ele é conservador, mas eu acho que não, porque nunca ouvi ele agredir o protestantismo.. Apesar de nunca ter conhecido sua vida”. <o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Não consegui esconder a decepção. Tive que me recompor em pouquíssimo tempo em razão de ser aberta a aula e o silêncio reinar no plenário. Desejava sair pela porta mais próxima, o que foi impossível porque certamente iria sozinha. O jovem professor se apresentou com o nome de <a href="http://atanasiano.blogspot.com/">Carlos Eduardo </a>– tinha uma voz firme e vibrante – e começou a proferir os ensinamentos. Discorreu sobre os escolásticos, especialmente sobre São Tomás de Aquino. Citou São Boaventura para falar da beleza do ser humano como um ser criado para as realidades supremas, e que deste pensamento foi construída toda a fundamentação dos direitos humanos.</p><br /><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Ouvi:</p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br /></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">“Todo homem tem direitos humanos não só em razão de ter condição humana. Se pensássemos assim, estaríamos retirando a humanidade uma condição importantíssima de sua natureza, que é um ser que possui moral. Se cada ser humano fosse somente um corpo, e pior, sem moral, não poderíamos falar de valores supremos. Os direitos humanos são o que são porque estão dispostos pela razão da moral. O homem e a mulher possuem direitos humanos pelo fato de possuírem a marca definitiva da moral impressa em suas consciências, ou como melhor definiria, em suas almas. Imprimir na alma a moral é fruto de um ser supremo, dessa forma, cada ser humano detém uma condição de realeza sobre as demais criaturas”.</i><br /></p><br /><br />Continuou:<br /><br /> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">“Os escolásticos, especialmente Tomás de Aquino, deram o salto que nenhum filósofo grego tinha conseguido dar. A democracia grega tinha se mostrado impotente de resolver conflitos da intimidade, pois era eficaz somente no coletivo das decisões tomadas e dos discursos da Ágora Ateniense. A moral não destrói a natureza humana, porém a qualifica, a capacita, a torna apta para o reconhecimento do ser humano como um ser que possui moral, e deve viver no reconhecimento da moral própria e da moral do próximo, logo, moral universal, porque a moral não é mutável de acordo com o tempo e aos critérios individuais de cada pessoa; ela é perene e se aplica igualmente aos seres humanos indistintamente”. <o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="background: white none repeat scroll 0% 50%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">O espanto era enorme, pois como poderia em plena Idade Média – tão obscura pelo catolicismo – ser possível a presença de elementos tão fortes em benefício do ser humano? Foi exatamente contra isso que Martinho Lutero havia lutado, ou seja, para libertar o povo da opressão dos Papas! Engano meu!<br /></p><p class="MsoNormal" style="background: white none repeat scroll 0% 50%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Quanto mais ouvia dizer sobre realeza do ser humano e como aqueles homens que eram filósofos – e para meu desgosto, também santos da Igreja opressora – ensinavam sobre a verdadeira beleza que é fruto da Beleza Incriada e como o pensamento humano tem a tendência para a perfeição, mais eu me sentia agredida em minha fé. </p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"> </p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Impregnado da certeza impressionante, com firmeza de olhar, o professor continuava com o ensino. Afirmou que a Igreja Católica foi a primeira instituição no mundo a se opor contra a escravidão, tanto que no século XVII o Papa Bento XIV punia com pena de excomunhão qualquer católico que oprimisse a liberdade de uma criatura de Deus. O iluminismo não havia sido a luz do mundo, mas a Igreja Católica. </p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Ensinou que os católicos quando vitimados pela decadência dos povos bárbaros, foram eles que sustentaram toda a cultura clássica, principalmente os ensinos dos padres apostólicos e a utilização dos métodos do “Trivium”, construindo o conhecimento através da retórica, da lógica e da gramática; e do “Quadrivium” com a aritmética, a geometria, a música e a astronomia. Uma lança me traspassou a alma porque tinha quase como que um ofício o estudo da astronomia, um conhecimento que era tão íntimo de mim quanto o protestantismo. As dúvidas cresceram! Não estaria aquele jovem homem a decifrar em mim o que até hoje nenhum mestre protestante e nem eu mesma havia conseguido? Um buraco em mim estava sendo preenchido pelo uso da razão. Aqueles argumentos eram extremamente convincentes mesmo que para o mais feroz dos defensores de Lutero. </p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">“As universidades são criações da Igreja Católica, e foram nelas que os escolásticos, com a investigação acadêmica, edificaram o conceito de Estado Civil e dignidade humana”,</i> dizia com certeza absoluta. </p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">O que somos hoje, enquanto detentores do conhecimento foram eles que possibilitaram ao homem os meios de produzir a investigação científica. A ordem beneditina trouxe até nós as bibliotecas, os dominicanos abriram as portas para o que é o ser humano e sua alma. Foi da religião que nasceu os direitos humanos, pois ela é a única instância com suficiência moral para criar, gerir e administrar o que é peculiar da humanidade.</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Lutero estava errado? A Igreja não teria sido o mal a ser batido? Eu não podia acreditar, mas aquilo tomou sentidos profundos em mim. Para meu espanto não queria mais sair correndo, mas ouvir sobre o assunto com afinco, e quando percebi, aquele jovem tinha toda a minha atenção em caráter exclusivo. A unidade que nós protestantes nunca tivemos ou possuímos estava na Igreja Católica?</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Por que eu não aprendi isso? Qual foi o livro que eu não li e que me faltou nos meus conhecimentos? Seria então verdade que a Suma Teológica era verdadeiramente – como disse o professor – <i style="">“um tratado sobre a dignidade do ser humano”?</i> Será que como ensina São Boaventura eu teria ficado perdida pelo caminho ao não permitir que meu conhecimento tendesse para o eterno? Será que eu não me concentrei demais somente nos mestres protestantes e me esqueci de outros letrados da história que mostram que a Igreja Católica na verdade construiu todo o ocidente? Não teriam sido os reformadores muito mais sonhadores do que construtores de uma doutrina? Dúvidas tão doloridas estavam sendo respondidas por alguém que nunca tinha conhecido, e pior ainda, por um católico papista!</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Meu Senhor, a Igreja Católica é a unidade! Ela até permitiu que Lutero pudesse ler e traduzir a Bílbia. Foi ela que ensinou os métodos de investigação que alguns filhos maldosos usaram contra ela própria. Esta é a Igreja que com seu Concílio de Trento afirmou a supremacia dos Sacramentos; que trouxe ao protestantismo – seu opositor histórico – a possibilidade dele mesmo se auto-proclamar cheio de dignidade mesmo que contra Ela. Mesmo separado de Roma o que teria sido Lutero sem ela? Minha vontade era estar diante dos reformadores e dizer: <i style="">“Vocês difamam e se separam daquele que é Mãe! Se sabem ler e redigir suas Confissões de Fé é porque a Igreja lhes ensinou ler e escrever. Mesmo cada um de vocês se separando dela, ainda assim Ela sustenta suas vidas”.</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Não podia admitir outra coisa, não teria outro pensamento, que não fosse a certeza de que o protestantismo estava sendo desconstruído com muita elegância diante de mim. Aquele momento tão dolorido e celestial revelou a luz aos meus olhos escamados, a luz de uma Igreja se revelava por um jovem vinte anos mais novo do que eu. Foi a mais sublime aula sobre filosofia que havia presenciado em minha vida, mesmo que com teores de uma ciência jurídica que nunca dominei. O Senhor me conduziu para aquele momento por pura misericórdia, sabendo que só poderia existir um homem – jovem – que seria capaz de exaurir em mim tão cruéis questões.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Terminada a aula, a única vontade que me dominava era poder conversar com aquele professor. Um grupo de alunos o cercou com perguntas e conversas cheias de risos, alegria, ensinamentos. Quase que me humilhando pedi para minha companheira que me aguardasse, porque era questão de vida ou morte falar com aquele doutrinador. Quando finalmente aqueles alunos se retiraram, com o sotaque tão marcante de uma portuguesa, disse: <i style="">“- Jovem professor, foi uma bela aula!” </i>Com um sorriso inesquecível, cheio de gentileza ouço: -<i style=""> “Que bom que gostou, não é todo dia que temos uma presença internacional em nosso meio!”</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Com acanhamento disse: <i style="">- O senhor poderia dar algumas respostas para uma protestante que até pouco tempo atrás entrou por aquela porta convicta do protestantismo, e pela mesma porta se retira não sendo a mesma pessoa?<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Que católico eu seria se não atendesse um pedido como esse?<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Eu peço que me diga sobre alguma literatura que pudesse fundamentar que a Igreja Católica é Católica desde Cristo!<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Cheio de conhecimento de causa, com a mesma voz firme e olhar centrado, eis que ele me perguntou: </p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">-<i style=""> Não conhece a tradição apostólica?</i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Não! O único estudo que fiz se concentrou do século XVI até os dias atuais! Estudei alguns textos como a Didaqué, a Epístola de Barnabé, o Pastor de Hermas. Vi algumas citações de Inácio de Antioquia e algo de Agostinho de Hipona.<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Então temos que sanar esse lapso de mais de mil e quinhentos anos!<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Mil e quinhentos anos? Estava ali ouvindo tudo que eu temia; finalmente o grande desafio de contraditar um católico que usasse de quinze séculos de história contra o protestantismo se concretizava. Eu estava totalmente impotente, contra toda essa história eu não podia mover sequer um dedo.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Existem evidências históricas de que a Igreja Católica não passou a se chamar Católica só no Concílio de Nicéia?<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Sim, Ela é católica desde Cristo. <o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Mas isso é impossível, não existem relatos disso!<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Existem sim! O protestantismo usa a tradição apostólica somente no que interessa aos seus estudos. Quando elementos fundamentais da fé apostólica evidenciam a existência do episcopado dos apóstolos e a sucessão dos bispos, especialmente quando a nome “Igreja Católica” é relatado nos escritos apostólicos, simplesmente são retirados dos livros protestantes. Do contrário seria a ruína de uma reforma iniciada sem qualquer precedente na história.<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">A elegância com que ele discorria me deixava paralisada; eu não esboçava nenhuma reação que não fosse ouvir e perguntar. Ele estava me oferecendo o início de uma graça que ainda hoje eu não compreendo a magnitude.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- A senhora me disse que conhecia a Didaqué, a Epístola de Barnabé, Inácio de Antioquia e o Pastor de Hermas. Pois bem, conhecendo Inácio de Antioquia que viveu no século I, então, contemporâneo dos apóstolos, creio então que conheça a Epístola aos Esmirnenses e o Chronicon de Eusébio de Cesaréia. <o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Não professor! Tenho conhecimento de que tais epístolas e escritos existem e que são consultadas por muitos estudiosos, mas nunca li qualquer linha sobre que não fosse citações esparsas.<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Quando surgir oportunidade leia cada um deles. Além, inclua em sua leitura os fragmentos do Cânon de Muratori. Em todos eles verá que a Igreja é Santa e Católica desde os apóstolos, e que eles jamais permitiram que seus sucessores tratassem a fé como sendo católica se eles mesmos não autorizassem. Não pode se esquecer de estudar os escritos de Irineu, onde ele traz a lista dos Papas. Com isso constatará a continuidade da fé apostólica nos Bispos como Inácio de Antioquia, Irineu de Lião, Policarpo de Esmirna e Eusébio de Cesaréia.<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Existindo então a tradição apostólica, por que os reformadores não a levaram em consideração em suas doutrinas? Fico a pensar sobre a possibilidade de não encontrar nenhum fragmento da tradição na história.<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Simplesmente porque se assim tivessem feito, o protestantismo jamais iria nascer. A tradição apostólica fundamenta o catolicismo e não o protestantismo. Seria contraditório para os reformadores pregarem evidências que contestavam suas pretensões. Inácio de Antioquia que foi sucessor apostólico no século I, pouco mais de 70 d.C, já escrevia que onde estiver o Bispo e Cristo, ali estará a Igreja Católica. Essa é a universalidade, pois se assim não fosse, o catolicismo não passaria de um grupo de judeus revoltosos escondidos numa casa, sendo que nessa casa ocorreu o Pentecostes, e desse marco se apresenta a grandeza da Igreja.<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Creio que posso aceitar que o termo “católica” da Igreja é usado desde o primeiro século, pois se existem tais evidências, certamente irei encontrar fontes tão preciosas de estudo. Mesmo assim existe um fato notório que implica no completo desabono dos Papas e do catolicismo. Não posso ligar ao século I uma Igreja Romana que adulterou os textos sagrados, inserindo no Cânon das Escrituras os livros deuterocanônicos no Concílio de Trento. <o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Por um momento a velha Maria estava de volta. Não conseguia oferecer nenhum argumento contrário, até que achei ao menos um, que para meu desgosto e futura alegria durou muito pouco. Por um breve momento acreditei que ali não existiria para ele escapatória. Mas a lógica elementar do “Trivium” Católico e a retórica que ele usava com tanta destreza, imediatamente como espada desembainhada foram usados contra mim.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Esse é uma acusação do protestantismo que não encontra fundamentos. Já ouviu falar de Bíblia de Gutenberg?<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Nunca ouvi falar. Mas o que isso toca ao assunto sendo que na Bílbia não se encontra a autoridade do Concílio de Trento?<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Lutero é tido pelo protestantismo como o tradutor da Bíblia e por ter desmascarado a Igreja Católica que inseriu arbitrariamente os deuterocanônicos no Cânon Bíblico. A Bíblia de Gutenberg foi escrita no século XV, em 1450. Nela encontramos os deuterocanônicos, além de ser a tradução do latim para o alemão dos textos sagrados. O Concílio de Trento ocorreu no século XVI, tendo seu início em 1545, ou seja, 95 anos após a edição da Bíblia de Gutenberg. Como Trento poderia ter inserido os deuterocanônicos se já circulava a Bíblia de Gutenberg um século antes? Isso contraria qualquer lei de tempo e espaço e o senso lógico. Sugiro que consulte o texto de Gutenberg, verá que consta o deuterocanônicos assim como foram autorizados pela sucessão apostólica desde os séculos primeiros do cristianismo.<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style="">- Irei consultar com certeza, desejando ter a mesma certeza que o senhor encontrou e professa.<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">A conversa continuou por um tempo, em tom amistoso e de extrema cordialidade. Era um momento que nunca que vivido. Sempre oferecia oposição ao catolicismo e aos católicos; algo diferente acontecia em mim, inegavelmente um pedaço de mim mesma havia morrido naquela aula. </p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Tomei a precaução de pedir todos os meios possíveis de contato com tão diferenciado católico. Ele dominava conceitos históricos e quando falava qualquer um se sentiria intimidado com tamanha desenvoltura. O encontro daquela semana com meus amigos protestantes foi totalmente sem sentido. Passamos dias bons juntos, mas só aquela figura humana era permanente em minha mente: <i style="">- E se ele estivesse certo? Então Lutero e os reformadores, especialmente suas afrontas ao papado e aos concílios, teriam sido um atos impensados, muito mais constituídos de revolta do que de razão!” </i>Tinha que correr esse risco, não me dava o direito de fugir das respostas por mais que elas me causassem dor. </p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Passados oito dias daquela conversa, eis que retorno a Lisboa cheia de curiosidade e com um temor avassalador dentro do peito. <span style="font-style: italic;">Será que ele está certo? </span>Não existia outra forma de constatar se era um mentiroso ou um louco! Era necessário ir buscar a água mesmo que suja para dela beber um copo, ou dois, ou tantos outros. Fui correndo para a Biblioteca Nacional de Lisboa. Pedi alguns livros que constassem as fontes sugeridas e é claro a própria Bíblia de Gutenberg. Foi longa a espera até que a bibliotecária depositou sobre a escrivaninha oito livros; entre eles uma edição da Bíblia de Gutenberg. Fiz uma oração silenciosa, clamei ao Bom Deus que se fosse da vontade dele eu pudesse ali encontrar as respostas para minhas dúvidas. Propositadamente deixei a Bíblia por último, pois se eu não encontrasse o termo “Igreja Católica” e a lista dos Papas eu não me daria o labor de verificar sequer os textos sagrados de Gutenberg.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Quando abri a Epístola aos Esmirnenses fui tomada de um pânico sem igual. Ela que foi escrita no século I, junto dos apóstolos, Inácio da Antioquia cravava na história: <i style=""><span style="color:red;">“Onde comparecer o Bispo, aí esteja a multidão, do mesmo modo que, onde estiver Jesus Cristo, aí está a Igreja Católica”. </span></i>O Cânon de Muratori decretava:<i style=""><span style="color:red;"> “[os livros apócrifos] não podem ser recebidos na Igreja Católica”.</span></i><span style="color:red;"> </span>Policarpo de Esmirna quando foi martirizado - ele próprio discípulo do Apóstolo João - com seu ato de bravura por Cristo comoveu os cristãos que a tal ponto que o povo do episcopado de Esmirna - onde São Policarpo foi Bispo - escreveu para os povos cristãos de outros bispados: <i style=""><span style="color:red;">“A Igreja de Deus que peregrina em Esmirna à Igreja de Deus que peregrina em Filomélio e a todas as paróquias da Igreja Santa e Católica em todo o mundo”. </span></i>Com esse endereçamento, enviam para a Igreja Católica em todo o mundo a oração que Policarpo fez antes de ser martirizado: <i style=""><span style="color:red;">“Ó Senhor, Deus Todo-Poderoso, Pai de Jesus Cristo, Teu Filho Bem-Amado e bendito, por Quem nós Te conhecemos; Deus dos Anjos e das Potestades, Deus de toda a criação e de toda família dos Justos, que vivem em Tua presença. Eu Te bendigo por me teres julgado digno de ser contado no número de Teus mártires e de participar do cálice de Teu Cristo para a ressurreição da alma e do corpo na vida eterna, e na incorruptibilidade do Espírito Santo. Possa eu hoje, com eles, ser aceite em Tua presença, como oblação preciosa e agradável: Tu me preparaste para ela, Tu ma revelaste, guardaste Tua promessa, Deus de fidelidade e de verdade. Por esta graça e por tudo, eu Te louvo, Te bendigo, Te glorifico por meio de Jesus Cristo, Teu Filho Bem-Amado, eterno Sumo Sacerdote nos Céus. Por Ele, que está contigo e com o Espírito Santo, Te seja dada toda a glória, agora e pelos séculos vindouros. Amém”.</span></i><span style="color:red;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="color:red;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Eusébio de Cesaréia trazia no <span style="font-style: italic;">Chronicon</span> a pessoa de Inácio de Antioquia como sucessor dos apóstolos que eram Bispos, então Inácio era Bispo tanto quanto os apóstolos. Tomei outro exemplar em mãos, conhecido por <i style="">Adversus Haereses</i> de Irineu, Bispo de Lião. Nele encontrei a lista dos Papas desde o primeiro. Para meu assombro total um nome da lsita era exatamente daquele que ouviu de Cristo: <span style="font-style: italic;">“Tu és Pedra, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja”.</span> </p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; color: rgb(204, 0, 0);"><i style="">“Os bem-aventurados apóstolos [Pedro e Paulo] que fundaram e edificaram a igreja transmitiram o governo episcopal a Lino, aquele Lino que Paulo lembra na epístola a Timóteo. Lino teve como sucessor Anacleto. Depois dele, em terceiro lugar, depois dos apóstolos, coube o episcopado a Clemente, que tinha visto os próprios apóstolos e estivera em relação com eles, que ainda guardava viva em seus ouvidos a pregação deles e diante dos olhos a tradição. E não era o único, porque nos seus dias viviam ainda muitos que foram instruídos pelos apóstolos. No pontificado de Clemente surgiram divergências graves entre os irmãos de Corinto. Então a igreja de Roma enviou aos coríntios uma carta importantíssima para reuni-los na paz, reavivar-lhes a fé, e reconfirmar a tradição que há pouco tempo tinha recebido dos apóstolos, isto é, a fé num único Deus todo-poderoso, que fez o céu e a terra, plasmou o homem e provocou o dilúvio, chamou Abraão, fez sair o povo do Egito, conversou com Moisés, deu a economia da Lei, enviou os profetas, preparou o fogo para o diabo e os seus anjos. Todos os que o quiserem podem aprender desta carta que este Deus é anunciado pelas igrejas como o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo e conhecer a tradição apostólica da igreja, porque mais antiga do que aqueles que agora pregam erradamente outro Deus superior ao Demiurgo e Criador de tudo o que existe.<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; color: rgb(204, 0, 0);"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><span style="color: rgb(204, 0, 0);">A este Clemente sucedeu Evaristo; a Evaristo, Alexandre; em seguida, sexto depois dos apóstolos foi Sisto; depois dele, Telésforo, que fechou a vida com gloriosíssimo martírio; em seguida Higino; depois Pio; depois dele, Aniceto. A Aniceto sucedeu Sótero e presentemente, Eleutério, em décimo segundo lugar na sucessão apostólica, detém o pontificado. Com esta ordem e sucessão chegou até nós, na Igreja, a tradição apostólica e a pregação da verdade. Esta é a demonstração mais plena de que é uma e idêntica a fé vivificante que, fielmente, foi conservada e transmitida, na Igreja, desde os apóstolos até agora.”</span><o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Os testemunhos dos séculos I, II e início do século III eram claros como a luz daquele sábado onde conheci um jovem cheio de certeza. O protestantismo escondeu de mim a verdade; o professor estava certo em sua afirmação: <span style="color: rgb(255, 0, 0);">“</span><i style=""><span style="color: rgb(255, 0, 0);">A tradição apostólica fundamenta o catolicismo e não o protestantismo. Seria contraditório para os reformadores pregarem evidências que contestavam suas pretensões”.</span> </i>Como uma luz que nunca tinha observado por minha cegueira, a verdade se manifestava defronte meus olhos: <span style="font-style: italic;">a tradição apostólica, a sucessão dos apóstolos, o episcopado, a Igreja Católica, os Papas, a fé dos seguidores de Cristo, a autoridade da Igreja, o testemunho da fé desde o início da pregação do Pentecostes.</span><i style=""> </i>Estava tomada de um sentimento que era o mesmo tempo de exaltação e repulsa. Feliz pela Igreja Católica, mas cheia da sensação de ter sido enganada por uma mentira contada reiteradamente. Faltava finalmente a Bíblia de Gutenberg; tomei a decisão de que se nela encontrasse os deuterocânicos ali mesmo eu abjuraria a fé protestante e me tornaria o que sempre combati: <span style="font-style: italic;">uma católica romana!</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Naquele exemplar antigo, estavam <i style="">Tobias, Judite, Baruc, Eclesiástico, Sabedoria, I Macabeus e II Macabeus</i>, e os elementos gregos de <i style="">Ester e Daniel</i> que foram categoricamente retirados pelos reformadores. Trento não manipulou os textos sagrados, mas os manteve tais como eram desde os tempos apostólicos. Senti o desejo ardente de acreditar em tudo que eles criam. Chorei com dor mortal, pedi perdão por ter perseguido aquela Igreja que era única e santa. Os quinhentos anos de protestantismo caíram diante de mim, eram falhos e sem sentido. Meu palacete construído sobre a areia movediça teria que ser reconstruído em rocha firme. Aqueles homens viveram e morreram pela fé, portanto, eu não podia fugir como cristã do caminho que eles assumiram com tanto convicção e notoriedade. Naquela biblioteca em Lisboa, tirando de minhas costas e do meu coração definitivamente a dúvida, eu afirmei: <span style="font-style: italic;">Creio da Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica e na fé dos Papas.</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Escrevi assim que pude para aquele homem que me conduziu para a fé verdadeira. Contei sobre minha dor e minhas lágrimas; falei sobre o impacto em mim causado e que me tornaria católica, romana e papista. Recebi uma carta como resposta, onde encontrei um escapulário e um canto espiritual de Santo Agostinho: <i style="">“Tarde te amei, Ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei. Tu estavas dentro de mim e eu estava de fora e te buscava aqui, atirando-me, disforme, sobre estas formas de beleza que são criaturas Tuas”. </i>No fim da carta, o filho de Deus que me possibilitou encontrar a Igreja de Cristo assinava: <a href="http://atanasiano.blogspot.com/"><i style="">“a menor das criaturas que já pisou sobre a terra”.</i></a></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Foi assim que conheci a verdade; dela dou testemunho!</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">*Carlos Eduardo (Carolus), caso leia as supras linhas, aceite cada palavra como presente pelos anos de vida que completará no seu aniversário que se aproxima.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><b style="">Eternamente grata!<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><b style="">Salve Maria!<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">De Portugal ao Brasil, em 29 de junho de 2008.<br /></p><br /><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><a href="http://atanasiano.blogspot.com/">Conheça Carlos Eduardo - O Ultrapapista</a><br /></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br /></p>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-46340609117428766752008-06-29T08:19:00.000-07:002008-06-29T08:20:30.690-07:00Dr. Bernard Nathanson - "Rei do Aborto"<h3 class="post-title"><a href="http://www.acidigital.com/vida/aborto/nathanson.htm"><br /></a> </h3> <div class="post-body"> <p> </p><div style="text-align: justify;"><img src="http://www.pregnantpause.org/people/nathanson.jpg" align="left" />O que pode levar um poderoso e reconhecido médico abortista a converter-se em forte defensor da vida e a abraçar os ensinamentos de Jesus Cristo?<br /><br /><a href="http://neopapistas.blogspot.com/">[Neopapistas]...</a><br /><br />Pode ser que tenha sido o peso de sua consciência pela morte de 60 mil nascituros ou talvez as muitas orações de todos aqueles que rogaram incessantemente por sua conversão...<br /><br />Segundo Bernard Nathanson, o famoso "rei do aborto", sua conversão ao catolicismo seria inconcebível sem as orações que muitas pessoas elevaram a Deus pedindo por ele. "<em>Estou totalmente convencido de que as suas preces foram escutadas por Ele</em>", indicou emocionado Nathanson no dia em que o Arcebispo de Nova York, o falecido Cardeal O'Connor, o baptizou.<br /><br />Filho de um prestigioso médico especializado em ginecologia, o Dr. Joey Nathanson, a quem o ambiente céptico e liberal da universidade tinha feito abdicar da sua fé, Nathanson cresceu num lar sem fé e sem amor, onde imperava a malicia, os conflitos e o ódio.<br /><br />Profissional e pessoalmente Bernard Nathanson seguiu durante uma boa parte de sua vida os passos do seu pai. Estudou medicina na Universidade de McGill (Montreal), e em 1945 começou a namorar Ruth, uma jovem e bela judia com quem realizou planos de matrimónio. Porém, a jovem ficou grávida e quando Bernard escreveu para o seu pai consultando-o sobre a possibilidade de contrair matrimónio, este enviou-lhe cinco notas de 100 dólares e a recomendação de que escolhesse entre abortar ou ir aos Estados Unidos para casar-se, pondo em risco uma brilhante carreira como médico.<br /><br />Bernard deu prioridade à sua carreira e convenceu Ruth a abortar. No entanto, o Dr. Nathanson não acompanhou Ruth è clínica e esta voltou a casa sózinha, num táxi, com uma forte hemorragia, que quase lhe custou a vida. Ao recuperar-se - quase milagrosamente - ambos terminaram sua relação. "<em>Este foi o primeiro dos meus 75.000 encontros com o aborto, me serviu de excursão inicial ao satânico mundo do aborto</em>", confessou o Dr. Nathanson.<br /><br />Após terminar o curso, Bernard iniciou o internato num hospital judeu.<br /><br />Depois passou para o Hospital de Mulheres de Nova York onde sofreu pessoalmente a violência do anti-semitismo, e entrou em contacto com o mundo do aborto clandestino. Nesta época tinha já casado com uma jovem judia, tão superficial quanto ele, e com a qual permeneceu casado cerca de quatro anos e meio.<br /><br />Neste período Nathanson conheceu Larry Lader, um médico obcecado com a idéia de conseguir que a lei permitisse o aborto livre e barato. Com este objectivo, fundou em 1969 a "Liga de Ação Nacional pelo Direito ao Aborto" (NARAL), uma associação que tentava culpar a Igreja por cada morte ocorrida nos abortos clandestinos.<br /><br />Mas foi em 1971 que Nathanson se envolveu diretamente com a prática de abortos. As primeiras clínicas abortistas de Nova York começavam a explorar o negócio da morte programada. Em muitos casos o pessoal das clínicas carecia de licença do Estado ou de garantias mínimas de segurança, como acontecia com a clínica dirigida pelo Dr. Harvey. As autoridades estavam a ponto de fechar esta clínica quando alguém sugeriu que Nathanson poderia encarregar-se da sua direção e funcionamento. Quando se encontrou em frente da clínica, Nathanson foi confrontado com um terrível paradoxo: a clínica dispunha de um sector de obstetricia - isto é, realizava partos normais - e, ao mesmo tempo, praticava abortos.<br /><br />Nathanson realizava uma intensa actividade em prol do aborto: dava conferências, encontrava-se com políticos e governantes, pressionando-os para que fosse ampliada a lei do aborto.<br /><br />"<em>Estava muito ocupado. Quase não via a minha família. Tinha um filho de poucos anos e uma mulher, mas quase nunca estava em casa. Lamento amargamente estes anos, por mais que seja porque não assisti à infância do meu filho. Também era um segregado na profissão médica. Era conhecido como o rei do aborto</em>", afirmou.<br /><br />Durante este período, Nathandon realizou mais de 60.000 abortos, mas no fim do ano de 1972, esgotado, demitiu-se do seu cargo na clínica.<br /><br />"<em>Abortei os filhos não nascidos dos meus amigos, colegas, conhecidos e inclusive professores. Cheguei ainda a abortar meu próprio filho</em>", chorou amargamente o médico. "<em>Em meados da década de 60 engravidei uma mulher de quem gostava muito (...) Ela queria prosseguir com a gravidez mas ele recusou a ideia. Já que eu era um dos especialistas no tema, eu mesmo realizaria o aborto, expliquei. E assim procedi.</em>", precisou.<br /><br />Entretanto a partir deste acontecimento as coisas começaram a mudar. Deixou a clínica abortista e possou a ser chefe de obstetricia do Hospital St. Luke's. Uma nova tecnologia, o ultrasom, começava a aparecer no ambiente médico. No dia em que Nathanson pôde observar o coração do feto nos monitores eletrónicos, começou a perguntar-se "<em>o que estamos a fazer verdadeiramente na clínica</em>".<br /><br />Decidiu reconhecer o seu erro. Na revista médica The New England Journal of Medicine, escreveu um artigo sobre sua experiência com os ultrasonografias, recohecendo que no feto existia vida humana. Incluia declarações como a seguinte: "<em>o aborto deve ser visto como a interrupção de um processo que de outro modo teria produzido um cidadão no mundo. Negar esta realidade é o tipo mais grosseiro de evasão moral</em>".<br /><br />Aquele artigo provocou uma forte reação. Nathanson e sua família receberam mesmo ameaças de morte, porém a evidência de que não podia continuar praticando abortos impôs-se. Tinha chegado à conclusão que não havia nenhuma razão para abortar: o aborto é um crime.<br /><br />Pouco tempo depois, uma nova experiência com as ultrasonografias serviu de material para um documentário que encheu o mundo de admiração e horror. Intitulava-se "<a href="http://www.silentscream.org/silentsc_port.html">The Silent Scream</a>". foi realizado em 1984 quando Nathanson pediu a um amigo seu - que praticava entre 15 a 20 abortos por dia - que colocasse um aparelho de ultrasom sobre a mãe, gravando a intervenção.<br /><br />"<em>Assim o fez </em>- explica Nathanson - <em>e, quando viu a gravação comigo, ficou tão afectado que nunca mais voltou a realizar um aborto. As gravações eram assombrosas, mesmo não sendo de grande qualidade. Selecionei a melhor e comecei a projectá-la nos meus encontros pró-vida por todo o país</em>".<br /><br />Nathanson tinha abandonado sua antiga profissão de "carniceiro humano" mas ainda estava pendente o seu caminho de volta a Deus. Uma primeira ajuda veio de seu admirado professor universitário, o psiquiatra Karl Stern.<br /><br />"<em>Transmitia uma serenidade e uma segurança indefiníveis. Nessa época não sabia que em 1943, após longos anos de meditação, leitura e estudo, tinha-se convertido ao catolicismo. Stern possuia um segredo que eu tinha buscado toda a minha vida: o segredo da paz de Cristo</em>".<br /><br />O movimento prá-vida havia-lhe proporcionado o primeiro testemunho vivo da fé e do amor de Deus. Em 1989 esteve numa ação da Operação Resgate nos arredores de uma clínica. O ambiente dos que lá se manifestavam pacificamente a favor da vida dos nascituros tinha-o comovido: estavam serenos, contentes, cantavam, rezavam... Os mesmos meios de comunicação que cobriam o evento e os policiais que vigiavam, estavam assombrados pela atitude destas pessoas. Nathanson ficou cativado "<em>e, pela primeira vez em toda minha vida de adulto comecei a considerar seriamente a noção de Deus, um Deus que tinha permitido que eu andasse por todos os proverbiais circuitos do inferno, para ensinar-me o caminho da redenção e da misericódia através da sua graça</em>".<br /><br />"<em>Durante dez anos passei por um período de transição. Senti que o peso dos meus abortos se fazia mais grave e persistente pois acordava todos os dia às 4 ou 5 da manhã, olhando a escuridão e esperando (mas sem rezar ainda) que se iluminasse um letreiro declarando-me inocente ante um júri invísivel</em>", indica Nathanson.<br /><br />O médico leu então "As Confissões", de Santo Agostinho, livro que qualificou como "<em>alimento de primeira necessidade</em>", convertendo-se no seu livro mais lido já que Santo Agostinho "<em>falava do modo mais completo de meu tormento existencial; porém eu não tinha uma Santa Mónica que me ensinasse o caminho e estava tomado por um negro desespero que não diminuia</em>".<br /><br />Nesta situação não faltou a tentação do suicídio, mas, afortunadamente, decidiu buscar uma solução diferente. Os remédios tentados falhavam: álcool, tranquilizantes, livros de auto-estima, conselheiros, até chegar a psicanálise, onde permaneceu por 4 anos.<br /><br />O espírito que animava aquela manifestação pró-vida endereçou a sua busca. Começou a conversar periódicamente com <a href="http://www.catholicity.com/mccloskey/">Padre John McCloskey</a>; não lhe era fácil crer, mas permanecer no agnosticismo, levava-o a um abismo. Progressivamente descobrio-se a si mesmo acompanhado de alguém que se importava com cada um dos segundos da sua existência. "<em>Já não estou sozinho. Meu destino foi dar voltas pelo mundo à busca deste Alguém sem o qual estou condenado, e a Quem agora me agarro desesperadamente, tentando não soltar a orla do seu manto</em>".<br /><br />Finalmente, no dia 9 de dezembro de 1996, às 7:30 de uma segunda feira, solenidade da Imaculada Conceição, na cripta da Catedral de São Patrício de Nova York, o Dr. Nathanson converteu-se em filho de Deus. Formava agora parte do Corpo Místico de Cristo, a sua Igreja. O Cardeal O 'Connor administrou-lhe os sacramentos do Baptismo, Confirmação e Eucaristia.<br /><br />Um testemunho expressa assim este momento: "<em>Esta semana experimentei com uma evidência poderosa e fresca que o Salvador que nasceu há 2.000 anos em um estábulo continua transformando o mundo. Na segunda-feira passado fui convidado para um Baptismo. (...) Observei como Nathanson caminhava até o altar. Que momento! Tal qual no primeiro século... um judeu convertido caminhando nas catacumbas para encontrar a Cristo. E sua madrinha era Joan Andrews. As ironias abundam. Joan é uma das mais destacadas e conhecidas defensoras do movimento pró-vida... A cena me queimava por dentro, porque por cima do Cardeal O 'Connor havia uma Cruz... Olhei para a Cruz e dei-me conta de que o que o Evangelho ensina é a verdade: a vitória está em Cristo</em>".<br /><br />As palavras de Bernard Nathanson no fim da cerimónia, foram curtas e dircetas. "<em>Não posso dizer como estou agradecido nem a dívida tão impagável que tenho para com todos aqueles que rezaram por mim durante todos estes anos durante os quais me proclamava publicamente ateu. Rezaram teimosa e amorosamente por mim. Estou totalmente convencido de que suas orações foram escutadas. Conseguiram lágrimas para meus olhos</em>".</div></div>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-23056901297844969682008-06-29T08:16:00.001-07:002008-06-29T08:16:57.160-07:00Sangue republicano<h3 class="post-title"> <a href="http://gazetadarestauracao.blogspot.com/2008/01/sangue-republicano.html">[GdR]<br /></a> </h3> <div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgmsiO8GkErfN9SZ0vxoDdHOltm0BiPhyphenhyphenMSm_eVF_qLDeAtw1FU5oo1UlwGJeDZGdBGXw1q1QE5v4GH2EXZUMMDz_JkrsNN0N8JTWM8uzb5m-QPjuykPGF7z2iYibSkmm6-sI-YK9Wxq4/s1600-h/louis_XVI_guillot.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5158021178695508274" style="cursor: pointer;" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgmsiO8GkErfN9SZ0vxoDdHOltm0BiPhyphenhyphenMSm_eVF_qLDeAtw1FU5oo1UlwGJeDZGdBGXw1q1QE5v4GH2EXZUMMDz_JkrsNN0N8JTWM8uzb5m-QPjuykPGF7z2iYibSkmm6-sI-YK9Wxq4/s320/louis_XVI_guillot.jpg" border="0" /></a><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">O <a href="http://oestadodotempo.blogspot.com/">António Bastos</a>, sempre atento à história que marcou o início da queda em terras de Jeanne d'Arc, <a href="http://oestadodotempo.blogspot.com/2008/01/lus-xvi.html">lembra hoje</a> a asquerosa execução de Louis XVI às mãos da república jacobina revolucionária.</div>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-42048550849664741282008-06-29T08:09:00.000-07:002008-06-29T08:13:49.195-07:00A Igreja demonizou o sexo e desprezou a mulher?<div class="post-body"> <p> </p><div style="text-align: justify;"><a style="font-weight: bold;" href="http://www.zenit.org/portuguese/visualizza.phtml?sid=90067">Não.</a><span style="font-weight: bold;"> </span><span style="font-style: italic;">(clique no "Não" caso tenhas coragem!)</span>. Nesta entrevista concedida a <span style="font-weight: bold;">Zenit</span> por Manfred Hauke, sacerdote, professor de Teologia Dogmática da Faculdade de Teologia de Lugano e presidente da Sociedade Mariológica Alemã, fala-se também dos alegados 5 milhões de vítimas da 'caça às bruxas', de «matriarcado» e «patriarcado» e de feminismo radical.<br /><br /><span style="color: rgb(204, 0, 0);">A Igreja é tão misógina como sustenta Dan Brown na novela «O Código da Vinci»?</span><br /><span class="fullpost"></span><br /><span class="fullpost"><strong></strong></span></div><span class="fullpost"></span><a href="http://facaseluz.blogspot.com/2006/05/igreja-demonizou-o-sexo-e-desprezou.html"><small>continuar a ler...</small></a> </div>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-32158066621597512272008-06-29T08:00:00.000-07:002008-06-29T08:01:27.555-07:00Ditadura do Proletariado<h3 class="post-title"> <a href="http://gazetadarestauracao.blogspot.com/2007/11/deve-ser-ditadura-do-proletariado.html"><br /></a> </h3> <p style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiByyCGLbnwI3nBSThBtSHLE9lDW0kfcB1Iaqw3BLMfECx2sFQ8Cb2xAoDbLRPVoiVxSF60rDrX2W1I2IuxGsiNwZTSBLHGMrFNs3PJe_4BmWLkGOwqSgG4O89TMoPATfxQyVOsfCbeyiU/s1600-h/The-Republic-of-Social-Soviet-Union-for-Country-and-Urban-Worker-Posters.jpg"><img style="cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiByyCGLbnwI3nBSThBtSHLE9lDW0kfcB1Iaqw3BLMfECx2sFQ8Cb2xAoDbLRPVoiVxSF60rDrX2W1I2IuxGsiNwZTSBLHGMrFNs3PJe_4BmWLkGOwqSgG4O89TMoPATfxQyVOsfCbeyiU/s320/The-Republic-of-Social-Soviet-Union-for-Country-and-Urban-Worker-Posters.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5134671772444433874" border="0" /></a><br /></p><span style="font-size: 100%;"></span><span style="font-size: 100%;"></span><br />[GdR]<br /><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 100%;">1º - Os comunistas estão sempre ao lado do proletariado, incondicionalmente, quer a sua causa seja justa ou injusta, haja incumprimento de lei, de dever ou de qualquer obrigação civil, porque faz parte da lógica revolucionária popular que conduza à "ditadura proletária";</span><br /><br /><span style="font-size: 100%;">2º - Os comunistas estão sempre ao lado do proletariado, é certo, mas somente daquele que sirva essa lógica. Os outros são impedidos de trabalhar;</span><br /><br /><span style="font-size: 100%;">3º - Os comunistas incentivam os sindicatos e os sindicatos reivindicam negociação, mas os comunistas nunca na história quiseram o caminho do diálogo e é por isso que a greve existe sempre. Porque mesmo que se sentem à mesa, nunca saem satisfeitos. Eles querem acabar com essa mesa, na medida em que desejam acabar com o "patronato";</span><br /><br /><span style="font-size: 100%;">4º - <a href="http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1311125">Os comunistas subvertem sempre os acontecimentos, imbuídos de sentimentalismo populista, considerando, neste caso, a reposição da ordem como ilegal e alegando que a alteração da paz nas relações laborais em nada influi na ordem pública</a>. Reclamam-se assim a si, e exclusivamente a si proletários, como agentes únicos em matéria que só a eles pensam dizer respeito, por mais que violem a lei;</span><br /><span style="font-size: 100%;"><span id="ctl00_ContentPlaceHolder1_txtTextos" style=""></span><span id="ctl00_ContentPlaceHolder1_txtTextos" style=""></span></span><br /><span style="font-size: 100%;">5º - O Partido Comunista Português devia ser, por estas e outras mil e uma razões, ilegalizado.</span></div>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-76910547268341367152008-06-29T07:43:00.000-07:002008-06-29T08:25:29.321-07:00A conversão de Paul Claudel, Diplomata, Escritor!<div style="text-align: justify;"><br />A história da conversão de Paul Claudel contada na 1ªpessoa e, pela primeira vez na blogosfera, traduzida para português.<br /><br />Claudel aceitara "<i>a hipótese monista e materialista em toda a sua extensão...Acreditava que tudo estava subordinado a leis, e que este mundo era um íntimo encadeamento de causas e efeitos, que a ciência não tardaria a esclarecer plenamente</i>". A leitura da «Vida de Jesus», de Renan, ensinara-lhe tudo o que sabia sobre Jesus.<br /><br />Depois foi tocado pela "Mão de Deus".<br /><span class="fullpost"></span><br /><strong><span style="font-size: 130%;">Na mão de Deus<br /></span></strong>Paulo Claudel<br /><br />Nasci a 6 de Agosto de 1868. A minha conversão realizou-se a 25 de Dezembro de 1886. Tinha, portanto, 18 anos de idade. Mas, nesta altura, já a minha personalidade estava muito desenvolvida.<br /><br />Ainda que os meus antepassados, em ambos os ramos, tinham sido crentes, dando à Igreja vários sacerdotes, os meus pais eram indiferentes em matéria religiosa. E, depois de termos mudado para Paris, afastaram-se completamente da fé. A minha primeira Comunhão, anterior à mudança, tinha sido boa. Mas foi, como para a maior parte da juventude, a coroação e, ao mesmo tempo, o termo da minha prática religiosa.<br /><br />A princípio fui educado, ou antes, instruído, por um professor particular; depois, em escolas laicas da província, e, finalmente, no Liceu Luís-o-Grande. Com a entrada neste estabelecimento de ensino, acabei de perder a fé, que me parecia incompatível com a pluralidade dos mundos (! ! !). A leitura da «Vida de Jesus», de Renan, forneceu-me novos pretextos para esta mudança de convicções, que, de resto, tudo quanto via à minha volta facilitava ou animava.<br /><br />Recordemo-nos daqueles tristes anos à volta de 1880, quando estava em todo o apogeu a literatura naturalista. Jamais o jugo da matéria pareceu mais forte. Quem possuía um nome na arte, nas ciências ou na literatura, era descrente. Todos os pretensos homens iminentes daquele século que declinava, se distinguiram particularmente pela sua hostilidade contra a Igreja. Renan imperava. Na última distribuição de prémios a que assisti no Liceu Luís-o-Grande, ocupava ele a presidência, e creio que recebi o prémio das suas mãos. Vítor Hugo acabava de desaparecer numa auréola de glória.<br /><br />Aos 18 anos, acreditava eu naquilo em que a maior parte das chamadas pessoas cultas daquela época acreditava. O forte sentimento do individual e do concreto obscurecera-se em mim. Aceitei a hipótese monista e mecanista em toda a sua extensão. Acreditava que tudo estava subordinado a leis», e que este mundo era um íntimo encadeamento de causas e efeitos, que a ciência não tardaria a esclarecer plenamente. Além disso, tudo isto me parecia cheio de tristeza e de tédio. A ideia kantiana do dever, tal como no-la expôs o sr. Burdeau, nosso professor de filosofia, nunca pude digeri-la.<br /><br />Para mais, vivia sem o freio da moral e ia caindo, pouco a pouco, num estado de desespero. A morte de meu avô, cuja agonia durou meses inteiros, devida a um cancro no estômago, a que eu assisti, inspirara-me um pavor terrível, e à ideia da morte não me abandonou mais. Esquecera completamente a religião e, com respeito a ela, a minha ignorância era tão grande como a de um selvagem.<br /><br />O primeiro brilho da verdade surgiu-me do encontro com os livros de um grande poeta, a quem devo eterna gratidão e que tomou parte preponderante na formação do meu pensamento: Artur Rimbaud. A leitura das «Illuminations» e, alguns meses depois, «Une saison en Enfer» é um dos acontecimentos capitais da minha vida. Estes livros rasgaram a primeira brecha no meu cárcere materialista, e deram-me uma impressão viva, quase física do sobrenatural. Mas o meu estado habitual de ansiedade e desespero continuou a ser o mesmo.<br /><br />Assim se passavam as coisas com aquele pobre rapaz que, no dia 25 de Dezembro de 1886, entrava na catedral de Notre-Dame de Paris, para ali assistir ao ofício divino do Natal. Começava eu então a escrever, e tive a impressão de que poderia, com superior diletantismo, encontrar nas cerimónias católicas, um meio adequado e matéria para alguns trabalhos. Nesta disposição de espírito, apertado e empurrado pela multidão, assisti à Missa cantada, com moderada alegria. Como nada mais interessante havia a fazer, voltei de novo à tarde para assistir às Vésperas. Os meninos do coro da catedral, de roquetes brancos, e os alunos do Seminário de S. Nicolau du Chardonnet, que os auxiliavam, tinham justamente começado a cantar qualquer coisa em que mais tarde reconheci o Magnificat. Eu estava de pé no meio da multidão, junto da segunda coluna, perto da entrada para o coro, à direita, do lado da sacristia.<br /><br />E ali se deu o acontecimento que domina toda a minha vida. Num momento, o meu coração sentiu-se tocado, e tive fé. Tive fé com tal intensidade de adesão, com tal exaltação de todo o meu ser, com uma convicção tão poderosa, com tal segurança, que não ficava margem para nenhuma espécie de dúvida. E, desde então, todos os livros, todos os raciocínios, todas as eventualidades de uma vida agitada não conseguiram abalar a minha fé; mais do que isso, nem sequer conseguiram tocar-lhe. Subitamente, apoderou-se de mim o sentimento fremente da inocência, da perpétua filiação divina: uma revelação inefável. Quando tento reproduzir, como faço frequentemente, o decorrer dos minutos que se seguiram a este momento excepcional, encontro sempre os seguintes elementos que, todavia, representam um único raio, uma única arma, de que a Providência divina se serviu para alcançar e abrir o coração de um pobre filho desesperado : «Que felizes são, de facto, os que crêem! E se fosse verdade?<br />verdade! — Deus existe ; está aqui presente ! É alguém ! É um ser tão pessoal como eu! — Ama-me ! chama por mim!» Invadiram-me as lágrimas e os soluços e o cântico tão delicado do «Adeste» aumentou ainda a minha comoção.<br /><br />Doce comoção, na qual, todavia, se misturava uma sensação de terror e quase de espanto ! Porque as minhas ideias filosóficas mantinham-se intactas. Deus desprezara-as, deixando-as tal qual estavam, e eu não compreendia o que nelas deveria mudar. A religião católica continuava a surgir-me como um amontoado de anedotas disparatadas. Os seus sacerdotes e fiéis continuavam a inspirar-me a mesma antipatia, que ia até ao ódio e à náusea. O edifício das minhas opiniões e conhecimentos mantinha-se, e não via nele defeito nenhum; limitara-me, apenas, a sair dele. Tinha-me sido revelado um novo e terrível ser, com terríveis exigências para um jovem artista como eu, e não via maneira de o satisfazer com nada do que me rodeava. O estado de um homem, a quem de repente se arrancou da sua pele para o introduzir num corpo estranho, no meio de um mundo desconhecido, é a única comparação que posso encontrar para exprimir este estado de completa desordem. O que mais repugnava às minhas ideias e ao meu gosto, era o que precisamente se vinha a mostrar verdadeiro ; e, a bem ou a mal, tinha de me acomodar a isso. Ah ! Pelo menos não seria sem que eu procurasse opor a maior resistência possível.<br /><br />Esta resistência durou quatro anos. Ouso afirmar que foi uma defesa heróica. E a luta foi nobre e radical. Não omiti nada. Utilizei todos os meios possíveis de resistência. Uma após outra, tive que depor as armas. Foi grande a crise da minha existência, esta agonia do pensamento, da qual Artur Rimbaud escreveu : «A luta do espírito é tão brutal como as batalhas entre os homens. Oh! noite dura! O sangue derramado arde sobre o meu rosto !» A juventude que tão facilmente abandona a fé, não sabe que tormentos custa recuperá-la. A ideia do inferno, a própria ideia da beleza, todas as alegrias que, a meu ver, teria de sacrificar para regressar à verdade, retraiam-me de tudo. Finalmente, caiu-me nas mãos uma Bíblia protestante que certa amiga alemã oferecera uma vez a minha irmã Camila. Foi na noite daquele dia memorável de Notre-Dame, depois de ter voltado para casa, ao longo das ruas molhadas pela chuva, que então me pareciam tão estranhas. Pela primeira vez, ouvi ressoar no coração a voz, tão suave, e ao mesmo tempo tão inflexível da Sagrada Escritura, que jamais se viria a extinguir. Apenas através de Renan conhecia eu a história de Jesus Cristo. E, fiando-me neste impostor, não sabia sequer que Ele se tinha proclamado o Filho de Deus. Cada palavra, cada linha, na sua majestosa simplicidade, revelava a mentira das afirmações descaradas daquele apóstata e abria-me os olhos. Como o centurião romano, reconheci verdadeiramente que Jesus é o Filho de Deus. A mim, Paulo, se dirigiu Ele, entre todos, e prometeu-me o seu amor. Mas, ao mesmo tempo, não me deixou outra alternativa além da condenação, se o não seguisse. Ah!, Eu não precisava que me explicassem o que vinha a ser o inferno; já tinha passado nele a minha «temporada»! Aquelas poucas horas tinham chegado para me demonstrar que o inferno está em qualquer parte em que não esteja Cristo. E que me importava já a mira o resto do mundo, em face deste nova e maravilhoso ser que acabava de me ser revelado?<br /><br />Assim falava em mim o homem novo. Mas o velho resistia com todas as forças e não queria entregar-se a esta nova vida que na sua frente se abria. Será preciso confessar que o sentimento que mais me impedia de manifestar a minha convicção era o respeito humano? A ideia de revelar a todos a minha conversão e de dizer aos meus pais que não comeria carne às sextas-feiras; o facto de ter de me afirmar coma um dos católicos tão ridicularizados, causava-me suores frios. E, momentaneamente revoltava-me até contra a violência que me tinha sido feita. Mas sentia sobre mim uma mão firme.<br /><br />Não conhecia nenhum sacerdote. Não tinha um único amigo católico.<br /><br />O estudo da religião passara a ser para mim o interesse dominante. Coisa curiosa ! O despertar da alma e das qualidades poéticas deu-se em mim ao mesmo tempo, e desfez os meus preconceitos e os meus receios infantis. Por essa época, escrevi o primeiro esboço dos meus dramas : «Cabeça de oiro» e «A cidade». Embora andasse ainda afastado dos sacramentos, já tomava parte na vida da Igreja. Podia, enfim, respirar, e a vida penetrava-me por todos os poros. Os livros que mais me ajudaram, naquela época, foram, em primeiro lugar, os «Pensamentos de Pascal, obra inestimável para todos os que buscam a fé, muito embora a sua influência possa também às vezes ser perniciosa. Além disso, as «Investigações do espírito sobre os Mistérios» e as «Considerações sobre os Evangelhos», de Bossuet, bem como os seus restantes tratados filosóficos; a «Divina Comédia», de Dante; e, finalmente, as maravilhosas narrações de Catarina Emmerich. A Metafísica de Aristóteles purificou-me o espírito, e introduziu-me nos domínios da verdadeira inteligência. A «Imitação de Cristo» pertencia a uma esfera demasiado elevada para mim, e os seus dois primeiros livros pareceram-me de uma terrível dureza.<br /><br />Mas o grande livro que se me abriu e no qual eu fiz os meus estudos, foi a Igreja. Louvada seja por toda a eternidade esta grande e majestosa Mãe, em cujos joelhos tudo aprendi ! Os Domingos passava-os em Notre-Dame, e, sempre que me era possível, ia também lá durante a semana. Era nessa altura tão ignorante na minha religião como o poderia ser em relação ao Budismo. E agora desenrolava-se, perante mim, o drama sagrado, com tal magnificência, que ultrapassava toda a força da minha imaginação. Ah ! Esta já não era, certamente, a linguagem mesquinha dos «devocionários». Era a poesia mais profunda e gloriosa, eram as atitudes mais sublimes que jamais tinham sido concedidas a seres humanos. Nunca me conseguia saciar por completo com o espectáculo da Santa Missa, e cada movimento do sacerdote gravava-se profundamente no meu espírito e no meu coração. A leitura do ofício de Defuntos, da liturgia do Natal, o drama da Semana Santa, o cântico celeste do «Exultet», ao lado do qual as harmonias mais inebriantes de Pindaro e Sófocles me pareciam incolores, tudo isto me sufocava de alegria, gratidão, arrependimento e adoração ! Pouco a pouco, lenta e penosamente, abriu caminho até ao meu coração o pensamento de que a arte e poesia são também coisas divinas. E o prazer da carne não é indispensável para elas, mas antes prejudicial. Como eu invejava os cristãos felizes que via comungar ! Só me atrevia, porém, a misturar-me com aqueles que, em todas as sextas-feiras da Quaresma, vinham beijar reverentemente a coroa de espinhos.<br /><br />Entretanto, passavam os anos e a minha situação tornava-se insuportável. Intimamente, dirigia-me a Deus com lágrimas; e, contudo, não me atrevia a abrir a boca. E, apesar disso, as minhas objecções tornavam-se cada vez mais fracas, e mais dura a exigência de Deus. Oh! que bem conheci este momento e com que firmeza me ficou gravado na alma! Mas como é que tive coragem para lhe resistir? Três anos depois, li as obras póstumas de Baudelaire. E vi que o poeta, que eu preferia a todos os poetas franceses, tinha reencontrado a fé nos últimos anos da vida, e se havia debatido com as mesmas angústias e com os mesmos remorsos que eu. Enchi-me de coragem, e, uma tardinha, aproximei-me do confessionário de S. Medardo; minha paróquia. Os minutos que esperei pelo sacerdote foram os mais amargos da minha vida. Encontrei-me com um ancião, que me pareceu muitíssimo pouco abalado com a história, que a mim, todavia, me parecia muito interessante. Falou (para meu grande aborrecimento) nas «recordações da minha primeira e santa comunhão». Ordenou-me terminantemente que revelasse a família a minha conversão. E hoje não posso deixar de lhe dar razão. Humilhado e mal disposto, saí do «confessionário» e só lá voltei no ano seguinte. Agora, estava completamente vencido, submisso e extenuado. Ali, naquela mesma igreja de S. Medardo, encontrei um sacerdote novo, compassivo e fraternal, o P. Ménard, que me reconciliou com a Igreja. Mais tarde, conheci lá outro santo e venerando sacerdote, o P. Villaume. Tornou-se o meu director e meu querido Padre espiritual, cuja poderosa protecção, lá do céu, sinto agora continuamente. A segunda comunhão recebi-a, como a primeira, no dia de Natal, a 25 de Dezembro de 1890, em Notre-Dame.</div><a href="http://facaseluz.blogspot.com/2006/05/converso-de-paul-claudel-diplomata.html"><small></small></a>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-59403445556655935262008-06-29T07:31:00.001-07:002008-06-29T07:50:29.910-07:00Princess Alessandra Borghese talks about her return to Catholicism<h3 class="post-title"> <a href="http://www.telegraph.co.uk/portal/main.jhtml?xml=/portal/2008/06/13/ftborghese113.xml" title="external link"><br /> </a> </h3> <p> </p><div style="text-align: justify;"><a href="http://www.telegraph.co.uk/portal/graphics/2008/06/13/alessandra.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px;" src="http://www.telegraph.co.uk/portal/graphics/2008/06/13/alessandra.jpg" alt="" border="0" /></a>A entrevista no <a href="http://www.telegraph.co.uk/portal/main.jhtml?xml=/portal/2008/06/13/ftborghese113.xml">Telegraph</a> e agora também em <a href="http://neopapistas.blogspot.com/">neopapistas.blogspot.com</a><br /><br />Citação: <blockquote>"What ... do her old friends, from her pre-1999 days, think of her now in her role as arch-Catholic? <em>'Of course, they think I am strange. People look at me in a weird way, but others respect me. It is life. It doesn't worry me. Because the great thing when you rediscover faith is that you don't feel alone anymore. And so you are stronger</em>.' The inference is that she felt alone before that rediscovery. <em>'No, its not that I felt alone, rather that, even though I had everything, something was missing.</em>'<br /><br />... I slip in a final question. When she looks back to her 'other life' in the 1990s, does she have any regrets? '<em>No</em>,' she fires back immediately, <em>'because I haven't lost anything.<span style="color: rgb(204, 0, 0); font-weight: bold;"> I am a much freer person.</span> Much more open to the world, so I see that time as a sort of preparation. I don't want to change what has happened. I want to change what I am living now</em>.'</blockquote></div>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-43286234004915353152008-06-29T07:22:00.000-07:002008-06-29T07:28:41.650-07:00Igreja Indefectível – A Intimidade entre a Igreja Católica e a Verdade Eterna<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMupGWE22o_P826brWEXzl7uTmvO9LDChqLtzh_qdlBc-bbSBtuMasQG40M2BBZ2kyTFcQou_xtr42Qq2AvJCl8jJ_gIC4HgxeMj_oGCyH7A1_cEvEafN1qRF_-wRLp4UfJVdoWD63wcE/s1600-h/Bas%C3%ADlica+de+S%C3%A3o+Pedro.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 190px; height: 254px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMupGWE22o_P826brWEXzl7uTmvO9LDChqLtzh_qdlBc-bbSBtuMasQG40M2BBZ2kyTFcQou_xtr42Qq2AvJCl8jJ_gIC4HgxeMj_oGCyH7A1_cEvEafN1qRF_-wRLp4UfJVdoWD63wcE/s320/Bas%C3%ADlica+de+S%C3%A3o+Pedro.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5185181526986061570" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;">por Carlos Eduardo Maculan</span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;"></span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;"></span><a href="http://www.sociedadecatolica.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=80"><span style="font-style: italic;"><span style="font-weight: bold;">© Copyright Sociedade Católica</span> clique - todos os direitos reservados na forma da lei</span></a></span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br />A confiança na Verdade, a observância dos ensinamentos da Igreja, a certeza na indefectibilidade da Esposa de Cristo. Estamos diante da pureza doutrinária, que nos leva pelos caminhos que nos conduzem ao Cristo Senhor - Rei do Universo -, que exerce todo o poderio divino através da Igreja Católica.<br /><br />Ouvir a voz da Igreja é a forma eficaz de estar unido ao Cristo, viver a moral universal e receber todo a estrutura do depósito da fé; esse que capacita a humanidade na vivência da santidade, afastando cada um do pecado que vitima os filhos de Deus<br /><br />A Igreja não é uma estrutura abstrata, mas uma sociedade perfeita com comando e hierarquia que possibilitou formar as afirmações do Credo, onde encontramos os elementos essenciais da fé. A verdade solene, puramente proclamada pelo catolicismo desde que a Igreja se fez caminheira no mundo, anuncia a salvação, fruto dos seus atributos: Católica e Santa, Apostólica e Una; por sua fundação, pelo desejo de Cristo. Quem opta por colocar a Sociedade Igreja fora dos seus elementos estruturais: Universal, repleta de Cristo, herdeira dos Apóstolos e Única detentora da reserva salvífica; estará atuando no sentido de reformar a perfeição da verdade gravada no coração humano; essa que é perfeita por decorrer da vontade de Deus, e que não pode ser revogada por nenhuma outra instância alheia ao mandamento divino, fielmente depositado na Igreja de Cristo. O oposto da verdade católica está presente em afirmações que desarticulam a verdade anunciada desde Cristo; tanto que prega uma Igreja abstrata, sem hierarquia e destituída de uniformidade. Igreja Santa por sua profunda intimidade com o Salvador prometido por Deus às criaturas, e pela integração do plano com sua existência na terra. A livre e soberana Revelação de Deus ilumina os povos, possibilitando que cada um possa discernir, - usando da razão -, sobre o que é correto, quanto mais, o que nos afasta da verdadeira fé.<br /><br /><span style="font-style: italic;">leia mais em</span> <a href="http://atanasiano.blogspot.com/">[o ultrapapista]</a> ou <a href="http://www.sociedadecatolica.com.br/">[sociedade católica]</a><br /><br /><span style="color: rgb(204, 0, 0); font-weight: bold;">Comento:</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 0, 0);">Temos como importar alguns católicos brasileiros para Portugal? Quem sabe possamos fazer o inverso do que fizemos nos tempos de Cabral! Vamos colonizar Portugal de Católicos ultramontanistas brasileiros... Ótima idéia!<br /></span></div>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-22263907833030093472008-06-29T07:20:00.000-07:002008-06-29T07:21:09.841-07:00Relativamente Anarquista<h3 class="post-title"> <a href="http://gazetadarestauracao.blogspot.com/2007/03/relativamente-anarquista.html"><br /></a> </h3> <div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKz9MkO5rP-7HGs82mtoHZa9g7R-2xPD2mawEoz1TmCP0afZvlRKdJYdlmc8I_DxuSl8b0LFj0gypTNxPQBAUZFanlzGKmhz-keIHmRT3_HRAL1sKVbB7frMR2pIXtv5y0O20oBnTsZfo/s1600-h/Confusion.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5040067640133991490" style="margin: 0px auto 10px; display: block; cursor: pointer; text-align: center;" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKz9MkO5rP-7HGs82mtoHZa9g7R-2xPD2mawEoz1TmCP0afZvlRKdJYdlmc8I_DxuSl8b0LFj0gypTNxPQBAUZFanlzGKmhz-keIHmRT3_HRAL1sKVbB7frMR2pIXtv5y0O20oBnTsZfo/s320/Confusion.JPG" border="0" /></a><br /><a href="http://arrastao.weblog.com.pt/arquivo/2007/03/o_relativismo_e_o_liberalismo">Este texto</a> de <a href="http://arrastao.weblog.com.pt/">Daniel Oliveira</a> é um bom resumo, acessível à compreensão de todos, do marasmo do pensamento filosófico em que a esquerda política mergulhou o pais e a Europa. A negação da Verdade, consequentemente da noção de Bem e de Mal e da função política de saber reflectir esse discernimento na sua acção, são as indicações claras do que norteia a linha ideológica sinistra: tudo é um jogo de vontades e a justiça reduz-se à satisfação da soberba da percepção da maioria sobre a realidade.<br /><br />Desconfio que o Daniel andou a ler Nietzsche. Talvez o mesmo nihilista que inspirou, e inspira, o nacional-socialismo. A única diferença é o Daniel colocar a vontade ao nível do relativismo extremo do individualismo, ao contrário da histeria colectiva por um futuro inventado porque construído pelo povo racial. Mas a matriz é a mesma. A aplicação é que é diferente porque, como diz o próprio Daniel, "não há ideias verdadeiras. Quanto muito, estão certas ou erradas num determinado momento e lugar".<br /><br />Só gostava mesmo era que o citado me explicasse um pequeno pormenor: como é que define o "certo" e o "errado" para "um determinado momento"? Segundo a sua "vontade"?<br /><br />[GdR]<br /></div>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-61423417016692951952008-06-29T07:17:00.000-07:002008-06-29T07:18:51.407-07:00A burguesia revolucionária<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Tornou-se lugar comum a crítica da esquerda à burguesia. De fato, o discurso clássico dos socialistas dirige-se contra o burguês, o “opressor dos trabalharoes”, na sua ótica limitadíssima. Associam, aliás, o elemento burguês ao conservadorismo, como se burguesia e aristocracia fossem a mesma coisa.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Alguns reparos merecem ser feitos. Antes de tudo, também me oponho a certa burguesia. Mas não pelos motivos elencados pelos comunistas, anarquistas e socialistas. Minha discordância – que não é em relação à burguesia em si – se dá por outras razões. Historicamente, considerável papel revolucionário coube a um tipo de burguês pouco identificado com os valores tradicionais. Assim, a Revolução de 1789, comandada por parcela da burguesia contra a nobreza, preparou a Comuna de Paris, e esta a revolta de 1917. Na Revolução Francesa, portanto, muitos burgueses eram a esquerda. Tem, esse tipo de burguesia, a missão de preparar o terreno para o socialismo. São cabeças-de-ponte. A própria tomada de poder pelos bolcheviques na Rússia só foi possível pela concertação com os burgueses mencheviques, pois os dois grupos odiavam o que era conservador, o czarismo. Também no Brasil, embora se digladiem, FHC iniciou, de certa forma, o programa socialista levado a cabo por Lula (na educação, no feminismo, na reforma agrária, na política tributária, no sucateamento das Forças Armadas, nas idéias raciais). O México, outrossim, é um exemplo clássico: os liberais Carranza, Obregón e Calles, amplamente apoiados por esta facção revolucionária da burguesia, criaram as condições para o governo pró-socialista de Cárdenas (que, em seu projeto educacional, condenou a burguesia que o elegera e o sustentara, ainda que fossem do mesmo partido).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Daí que criticar a burguesia não é privilégio da esquerda. A autêntica direita também o faz, porém com significativas diferenças. Não ataca a burguesia em si, pois sabe que as profissões liberais, a indústria, o comércio e a agropecuária de médio e grande porte são vitais para uma sociedade harmônica, justa e com progresso. Além disso, o burguês não-revolucionário, mais afinado com a tradição e com a ordem, identifica-se com tal programa dito “de direita”. A crítica direitista vai contra uma espécie do gênero burguesia, contra um comportamento burguês que, ao invés de aliar-se ao povo e à aristocracia, em nome do primeiro combate a segunda. Essa burguesia vermelha (que forma o grosso do eleitorado do PT, do PSB, do PPS e até do PSOL) acaba laborando contra a burguesia sadia. É por isso que adesivos petistas são comumente vistos em carros de gente de classe média, e parte da mídia (tanto empresários como jornalistas, todos burgueses) tende a aliar-se à esquerda, num ou noutro nível.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nem toda a burguesia é ruim, como pregam os comunistas (ajudados, lembremos, por certos burgueses tão odiados por eles). O burguês conservador, enfim, é o grande propulsor do desenvolvimento econômico e social da nação, o incentivador da solidariedade e da liberdade, o bastião da democracia. O burguês revolucionário, entretanto, é o pior dos inimigos, pelo apoio que presta (consciente ou inconscientemente) ao esquerdista que finge contra ele guerrear.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a href="http://www.ultramontano.blogspot.com/">[o ultramontano]</a><br /></p>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-36386956871503041812008-06-29T07:16:00.000-07:002008-06-29T07:17:04.466-07:00Orgânica e Essência<span style="text-decoration: underline;"><span style="font-weight: bold;"><br /></span></span> <div style="text-align: justify;">As palavras de Trasímaco no livro primeiro da <span style="font-style: italic;">República</span> de Platão, confirmadas mais tarde por Nietzsche no seu "<span style="font-style: italic;">Deus morreu</span>" pela voz de Zaratustra, versam que "<span style="font-style: italic;">a justiça não é mais que o interesse do mais forte</span>", ou seja, que a democracia é o ringue ideal para o pugilato natural do homem. Porque sejamos sinceros: esta tipologia de sociedades que engendrámos desde que os pulhas franceses se lembraram de existir e fazer rolar cabeças em carnificina, é a concretização de um processo de retrocesso civilizacional sem precedentes, retornando à tragédia mitológica e à verdade pela dialéctica fantástica de outros mundos.<br /><br />Os sofistas governam o mundo desde a queda da escolástica. O homem no centro, como medida de tudo sem nada que o meça. O homem, uma medida sem medida para medir o Bem, a Justiça e a Verdade. É esta a realidade da cidade negra que construímos na modernidade. O individuo têm a potência de ser o mais forte, na sua existência relativa, e de gerar verdade, fazer verdade, relativamente. E não é enquanto membro social, mas enquanto ser independente, atómico.<br /><br />A desagregação vem daí. A orgânica social ruiu a partir daí. Enquanto não percebermos que a essência vai para além dos constituintes e é antes ideia que se projecta no mundo, continuaremos sempre a buscar unidade nas partículas, como se fossem ponto de partida. Ora o ponto de partida é o Bem, e o Bem não é relativo para ser deixado ao critério absurdo de quem cria maiores e melhores pugilistas mediáticos para vencer o prémio do poder. Em suma, o mundo não é o que quisermos. O mundo é um cumprimento. Uma mesa, em última análise, não é somente um conjunto de tampo e quatro pernas. Virem-na de pernas para o ar e terão o exemplo perfeito do que faz a rotatividade democrática: os átomos são os mesmo, mas o cumprimento da essência da mesa desaparece.<br /><br />Toda a cidade requer unidade, e unidade que tenda para o ponto orientador da acção comunitária do homem. Podemos dizer que o humano, como ser social, é dedutivo, não indutivo. Do Bem se deduz a acção, a orgânica, e se conhece a essência que sustenta a boa realidade. Pensarmos o contrário é sentarmo-nos com a mesa virada de pernas para o ar.<br /><a href="http://gazetadarestauracao.blogspot.com/"><br />[GdR]</a><br /></div>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-73001123652631493162008-06-29T07:13:00.000-07:002008-06-29T07:15:06.672-07:00O mito da virtude tolerante<h3 class="post-title"> <a href="http://gazetadarestauracao.blogspot.com/2007/11/o-mito-da-virtude-tolerante.html"><br /></a> </h3> <p style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8z2sCkTHf25udWMrEZZoiSelzYJR-LDljp05szwLqQJzmHCL3zMxBOAdgieZBZIcpUk5aSay7aOFJfY4Z10Vhf2OJjAdt2IdPrnT-M03r1JW0OUdyDY1zHgAEZXyBANrGzFHqqm5ZMj8/s1600-h/pig.jpg"><img style="cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8z2sCkTHf25udWMrEZZoiSelzYJR-LDljp05szwLqQJzmHCL3zMxBOAdgieZBZIcpUk5aSay7aOFJfY4Z10Vhf2OJjAdt2IdPrnT-M03r1JW0OUdyDY1zHgAEZXyBANrGzFHqqm5ZMj8/s200/pig.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5137348958704017010" border="0" /></a><br /></p><div style="text-align: justify;">Das ideologias que se têm imposto, a democracia doí pela forma implícita como é tida por prerrogativa de qualquer povo, fonte de leite e mel. Enchem a boca de "liberdade", os que a impõem. A democracia da cruzinha, do voto universal pela analfabetização votante, implica um pressuposto de tolerância. A tolerância é a virtude da modernidade.<br /><br />Acompanham-na muitas outras, substitutas das virtudes cristãs. Fazem lembrar as nomenclaturas progressistas dos dias, das quais Portugal desdenhou, e bem, herança que não fosse a de contar as férias, o Sábado e o <span style="font-style: italic;">Dies Domini</span>. Mas nos valores da civilização, seguiu a vanguarda da mutação revolucionária e propõe aos seus que sejam, por exemplo, agentes de solidariedade. No tempo, num passado que parece distante e bárbaro, ficou a Caridade como visão pejorativamente beatifica do mundo, e a Paciência como qualidade da virtude tolerante...<br /><br />Que nos ensinam na escola? Que a tolerância é necessária ao respeito e cordial convivência entre ideias e ideologias. Ou seja, que ela é o critério em si da sociedade democrática, e por isso se eleva a virtude do homem comunitário. A tolerância é a prática da Justiça, dizem, o ponto de tendência.<br /><br />O problema é que esta justiça inventada acarreta sempre a anulação das virtudes defendidas pelas facções em disputa, de forma a estabelecer um contracto social mínimo sem critério fixo, relativo. E eu pergunto: que virtude, ou algo que dessa essência comungue, pode anular outra virtude, diminui-la, em função de terceiras? Há virtudes contrárias? Uma essência contra si mesma não se anula? Não é isto o avesso da tolerância? Não faz sentido...<br /><br />Agora, consta que para os democratistas faz. Afinal, eles cultuam o vazio, que é tudo e nada ao mesmo tempo, a contradição pura (e chamam-lhe contraditório...). As nações diluem-se, a Europa assenta na diluição... os EUA são um <span style="font-style: italic;">melting pot</span>, um sonho liberal, uma estátua... são, verdadeiramente, uma América. Tudo é estética e a tolerância é a estética de um marasmo político que atrofia os miolos. Ou então, a política morreu no mesmo instante do grito de "liberdade" zaratustriano.<br /><br />Mas Zaratustra era tolerante?...<br /><br /><a href="http://gazetadarestauracao.blogspot.com/">[GR]</a><br /></div>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-38956735233062500492008-06-29T07:10:00.000-07:002008-06-29T07:11:32.727-07:00Cardeal Hoyos: Missa tradicional em "todas as paróquias"<h3 class="post-title"> <a href="http://gazetadarestauracao.blogspot.com/2008/06/cardeal-hoyos-sobre-aplica.html"><br /></a> </h3> <div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKR7tATIBLE2iF8h6WG5riJUtP9TyX7VnPhnNxc2ABSokh4XrMDLWoRDenRpWFZLCGbKHrW5BnQ7kj31gvWil_UieW0yo51gPwmky636sg-gMXC_6MHCXI_nEygrHiLl60y5ontxCHVaw/s1600-h/hoyos.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKR7tATIBLE2iF8h6WG5riJUtP9TyX7VnPhnNxc2ABSokh4XrMDLWoRDenRpWFZLCGbKHrW5BnQ7kj31gvWil_UieW0yo51gPwmky636sg-gMXC_6MHCXI_nEygrHiLl60y5ontxCHVaw/s400/hoyos.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5212846413904044674" border="0" /></a><span style="font-size: 85%;">(Cardeal Castrillon Hoyos em Westminster)</span></div><br /><div style="text-align: justify;">A propósito da visita do Cardeal Castrillon Hoyos a Londres, aqui fica a importante intervenção que o Presidente da <span style="font-style: italic;">Ecclesia Dei</span> endereçou à <a href="http://www.latin-mass-society.org/"><span style="font-style: italic;">Latin Mass Society of England and Wales</span></a>, bem como uma incisiva resposta dada a Damian Thompson, do <a href="http://telegraph.co.uk/"><span style="font-style: italic;">Telegraph</span></a>, na <a href="http://blogs.telegraph.co.uk/ukcorrespondents/holysmoke/june08/traditionallatinmass.htm">conferência de imprensa</a>. Quer o conteúdo da intervenção quer a resposta ao jornalista britânico não deixam margem para dúvidas acerca da correcta interpretação das intenções do Santo Padre relativamente à aplicação do <span style="font-style: italic;">Summorum Pontificum</span>.<br /><br />A intervenção foi retirada do <a href="http://thenewliturgicalmovement.blogspot.com/2008/06/full-text-of-cardinal-castrillon-hoyos.html"><span style="font-style: italic;">NLM</span></a>, do qual mantivemos os destaques a negrito:<br /><span style="font-style: italic;"></span><blockquote><span style="font-style: italic;">Address to the Latin Mass Society of England and Wales</span><br /><span style="font-style: italic;">London – 14th June 2008</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">Mr Chairman, Reverend Monsignori and Fathers, Ladies and Gentlemen;</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">I am grateful for your kind invitation and for your warm welcome. It is a pleasure to be present with you today in London and to address the annual general meeting of the Latin Mass Society of England and Wales.</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">I look forward to the joy of celebrating the Holy Sacrifice of the Mass in the great, historic and beautiful Westminster Cathedral for you this afternoon.</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">Today I would like to speak about three related subjects.</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">1. The first thing that I wish to say is that I appreciate the work which the Latin Mass Society of England and Wales has undertaken in the past four decades. </span><b style="font-style: italic;">You have worked with and under your bishops, at times without all of the results which you desired. Yet in all that you have done you have remained faithful to the Holy See and to the successor of Saint Peter. And you have been loyal during a very difficult time for the Church – a time that has been especially trying for those who love and appreciate the riches of her ancient liturgy.</b><br /><br /><b style="font-style: italic;">Quite evidently these years have not been without many sufferings, but Our Blessed Lord knows them and will, in his Divine Providence, bring about much good from your sacrifices and from the sacrifices of those members of the Latin Mass Society who have not lived to be here today. </b><span style="font-style: italic;"> To all of you, on behalf of the Church, I say: “thank you for remaining faithful to the Church and to the Vicar of Christ; thank you for not allowing your love for the classical Roman liturgy to lead you outside of communion with the Vicar of Christ!”</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">I also say, “Take heart!” for it is obvious from the many young people in England and Wales who love the Church’s ancient liturgy that you have done very well in preserving and handing on a love for this liturgy to your children.</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">2. Secondly, I wish to speak about the Motu Proprio Summorum Pontificum of our beloved Holy Father, Pope Benedict XVI. I know what great joy the publication of Summorum Pontificum brought to your members and indeed to many faithful Catholics around the world. </span><b style="font-style: italic;">In response to the prayers and sufferings of so many people in these past four decades, Almighty God has raised up for us a Supreme Pontiff who is very sensitive to your concerns. Pope Benedict XVI knows and deeply appreciates the importance of the ancient liturgical rites for the Church – for both the Church of today and for the Church of tomorrow.</b><span style="font-style: italic;"> That is why he issued a juridical document – a Motu Proprio – which establishes legal freedom for the older rites throughout the Church. It is important to understand that Summorum Pontificum establishes a new juridical reality in the Church.</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">It gives rights to the ordinary faithful and to priests which must be respected by those in authority. The Holy Father is aware that in different places around the world many requests from priests and lay faithful who desired to celebrate according to the ancient rites were often not acted upon. That is why he has now authoritatively established that to celebrate according to the more ancient form of the liturgy – the Holy Sacrifice of the Mass as well the sacraments and other liturgical rites – is a juridical right, and not just a privilege accorded to all.</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">Certainly this must be done in harmony with both ecclesiastical law and ecclesiastical superiors, but </span><b style="font-style: italic;">superiors also must recognise that these rights are now firmly established in the law of the Church by the Vicar of Christ himself. It is a treasure that belongs to the whole Catholic Church and which should be widely available to all of Christ’s faithful.</b><span style="font-style: italic;"> This means that parish priests and bishops must accept the petitions and the requests of the faithful who ask for it and that priests and bishops must do all that they can to provide this great liturgical treasure of the Church’s tradition for the faithful.</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">In this period immediately following the publication of the Motu Proprio our most immediate task is to provide for the celebration of the extraordinary form of the Roman Rite where it is most desired by the faithful and where their “legitimate aspirations” have not yet been met. On the one hand no priest should be forced to celebrate according to the extraordinary form against his will. On the other hand those priests who do not wish to celebrate according to the 1962 Roman Missal should be generous in meeting the requests of the faithful who desire it.</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">As I see it, two factors are necessary. 1. It is first of all important to find a centrally located church, convenient to the greatest number of the faithful who have requested this Mass. Obviously, it must be a church where the parish priest is willing to welcome these faithful from his own </span><b style="font-style: italic;">and surrounding parishes</b><span style="font-style: italic;">. 2. It is crucial that there be priests willing to celebrate according to the 1962 Roman Missal and thus to provide this important pastoral service on a weekly Sunday basis. Often there may be one or more priests in a given deanery or section of a diocese who would be willing and even desirous of celebrating this Mass. Bishops need to be sensitive to such pastoral provisions and to facilitate them. This is a fundamental intention of Summorum Pontificum. </span><b style="font-style: italic;">It is particularly sad where priests are prohibited from celebrating the extraordinary form of the Mass because of restrictive legislative measures which have been taken and which run counter to the Holy Father’s intentions and thus to the universal law of the Church.</b><br /><br /><span style="font-style: italic;">In this regard I am also pleased to commend the Latin Mass Society for its provision of the training session for priests at Merton College, Oxford, last summer, allowing many priests unfamiliar with the usus antiquior to learn how to celebrate it. I am very pleased to give my blessing to this initiative which will take place again this summer.</span><br /><br /><b style="font-style: italic;">Let me say this plainly: the Holy Father wants the ancient use of the Mass to become a normal occurrence in the liturgical life of the Church so that all of Christ’s faithful – young and old – can become familiar with the older rites and draw from their tangible beauty and transcendence.</b><span style="font-style: italic;"> The Holy Father wants this for pastoral reasons as well as for theological ones. In his letter accompanying Summorum Pontificum Pope Benedict wrote that:</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">"In the history of the liturgy there is growth and progress, but no rupture. What earlier generations held as sacred, remains sacred and great for us too, and it cannot be all of a sudden entirely forbidden or even considered harmful. It behooves all of us to preserve the riches which have developed in the Church’s faith and prayer, and to give them their proper place."</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">3. This brings me to my third point. You are rightly convinced that the </span><b style="font-style: italic;">usus antiquior</b><span style="font-style: italic;"> is not a museum piece, but a living expression of Catholic worship. If it is living, we must also expect it to develop. Our Holy Father is also of this conviction. As you know, he chose motu proprio – that is on his own initiative – to alter the text of the prayer pro Iudæis in the Good Friday liturgy. The intention of the prayer was in no way weakened, but a formulation was provided which respected sensitivities.</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">Likewise, as you also know, </span><b style="font-style: italic;">Summorum Pontificum has also provided for the Liturgy of the Word to be proclaimed in the vernacular without being first read by the celebrant in Latin. Today’s Pontifical Mass, of course, will have the readings solemnly chanted in Latin, but for less solemn celebrations the Liturgy of the Word may be proclaimed directly in the language of the people.</b><span style="font-style: italic;"> This is already a concrete instance of what our Holy Father wrote in his letter accompanying the Motu Proprio Summorum Pontificum:</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">"the two Forms of the usage of the Roman Rite can be mutually enriching: new Saints and some of the new Prefaces can and should be inserted in the old Missal. The “Ecclesia Dei” Commission, in contact with various bodies devoted to the usus antiquior, will study the practical possibilities in this regard."</span><br /><br /><b style="font-style: italic;">Naturally we will be happy for your input in this important matter. I simply ask you not to be opposed in principle to the necessary adaptation which our Holy Father has called for.</b><br /><br /><span style="font-style: italic;">This brings me to another important point. </span><b style="font-style: italic;">I am aware that the response of the Pontifical Commission “Ecclesia Dei” with regard to the observance of Holy Days of obligation has caused a certain amount of disturbance in some circles. It should be noted that the dates of these Holy Days remain the same in both the Missal of 1962 and the Missal of 1970. When the Holy See has given the Episcopal Conference of a given country permission to move certain Holy Days to the following Sunday, this should be observed by all Catholics in that country. Nothing prevents the celebration of the Feast of the Ascension, for example, on the prior Thursday, but it should be clear that this is not a Mass of obligation and that the Mass of the Ascension should also be celebrated on the following Sunday. This is a sacrifice which I ask you to make with joy as a sign of your unity with the Catholic Church in your country.</b><br /><br /><span style="font-style: italic;">Finally I ask your prayers for those of us called to assist the Holy Father in Rome in this delicate work of facilitating the Church’s ancient liturgical tradition. </span><b style="font-style: italic;">Please be patient with us: we are very few and there is much work to be done. And there are many questions to be studied and sometimes we may make mistakes!</b><br /><br /><span style="font-style: italic;">May the Blessed Virgin Mary, the Mother of God, intercede for all in this land which is so beautifully called “the Dowry of Our Lady,” and through her prayers may all Christ’s faithful come to draw ever more deeply from the great riches of the Church’s sacred liturgy in all of its forms.</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">Darío Cardinal Castrillón Hoyos</span><br /><span style="font-style: italic;">President</span><br /><span style="font-style: italic;">Pontifical Commission Ecclesia Dei<br /></span></blockquote><span style="font-style: italic;"></span><br />À <a href="http://blogs.telegraph.co.uk/ukcorrespondents/holysmoke/june08/traditionallatinmass.htm">pertinente questão</a> colocada pelo jornalista do <a href="http://telegraph.co.uk/"><span style="font-style: italic;">Telegraph</span></a>, o Cardeal Hoyos respondeu de forma muito clara:<br /><span style="font-style: italic;"></span><blockquote><span style="font-style: italic;">DT </span>(Damian Thompson)<span style="font-style: italic;">: So would the Pope like to see many ordinary parishes making provision for the Gregorian Rite?</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">CC </span>(Cardeal Castrillon)<span style="font-style: italic;">: All the parishes. Not many – all the parishes, because this is a gift of God. He offers these riches, and it is very important for new generations to know the past of the Church. This kind of worship is so noble, so beautiful – the deepest theologians’ way to express our faith. The worship, the music, the architecture, the painting, makes a whole that is a treasure. The Holy Father is willing to offer to all the people this possibility, not only for the few groups who demand it but so that everybody knows this way of celebrating the Eucharist in the Catholic Church.</span></blockquote></div>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-74588784870779520802008-06-29T07:08:00.000-07:002008-06-29T07:09:09.725-07:00O que é...<div style="text-align: center;"> <span style="text-decoration: underline;"><span style="font-weight: bold;"><br /></span></span>... a <a href="http://infoinconformista.blogspot.com/2008/06/inconformista-uma-forma-de-ser.html">liberdade</a>?</div>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-48032398073564508442008-06-29T07:07:00.001-07:002008-06-29T07:08:39.672-07:00Esperemos sentados...<span style="text-decoration: underline;"><span style="font-weight: bold;"><br /></span></span> <div style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold;">Inglaterra</span> (Westminster, 14 de Junho):</div><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJPp7KIGYGpYWpKDptv6PZwynGh4LnoYVRUXdNnfvOPLBNK0FvG9oOP7J5HLaf5fG1v_SZRdRp6thj_LCWM7P-anFwGdojKwQKuP0YzMo-3q-mwNcqTDOMQHxnv_Cc7GZOPw5OEibNvz8/s1600-h/sg1l0797qy7.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJPp7KIGYGpYWpKDptv6PZwynGh4LnoYVRUXdNnfvOPLBNK0FvG9oOP7J5HLaf5fG1v_SZRdRp6thj_LCWM7P-anFwGdojKwQKuP0YzMo-3q-mwNcqTDOMQHxnv_Cc7GZOPw5OEibNvz8/s400/sg1l0797qy7.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5212992182235253714" border="0" /></a><br /><span style="font-weight: bold;">EUA</span> (Catedral de Harrisburg, Junho):<br /></div><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOnHa7q0lgsdvx2Ps0LzACA5w79PMuvsPD1X1rUxek1DPS4OanScgSEAobXmOYSYOJi8iEzT1jhyphenhyphenpTKRMm6luY-oOHW8Jawz3Fhg_JtcgFg6yXS_m_sudkPXE-wb2woB_lbRDoVN8d-Z8/s1600-h/n628970489_1341487_2564.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOnHa7q0lgsdvx2Ps0LzACA5w79PMuvsPD1X1rUxek1DPS4OanScgSEAobXmOYSYOJi8iEzT1jhyphenhyphenpTKRMm6luY-oOHW8Jawz3Fhg_JtcgFg6yXS_m_sudkPXE-wb2woB_lbRDoVN8d-Z8/s400/n628970489_1341487_2564.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5212991948454995346" border="0" /></a><br /><span style="font-weight: bold;">França</span> (Notre Dame de Paris, 17 de Junho):<br /></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpujCE5MghRQ6t9ZjDVoxnP5txioYrJj8AllqTslj6a4wYpUQdZWOLIw7qCXzF6-cC_DW0o2KKI-RUK2eXcvG82b91uzqhyphenhyphenKeeM0IDQGaQd-1a7b1e985iQ1vwLF1qwQ1wYveLEF2nA2U/s1600-h/20080617193511modifieob3.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpujCE5MghRQ6t9ZjDVoxnP5txioYrJj8AllqTslj6a4wYpUQdZWOLIw7qCXzF6-cC_DW0o2KKI-RUK2eXcvG82b91uzqhyphenhyphenKeeM0IDQGaQd-1a7b1e985iQ1vwLF1qwQ1wYveLEF2nA2U/s400/20080617193511modifieob3.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5212991746328205026" border="0" /></a><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold;">E Portugal?!</span></div>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-19305674695134570952008-06-29T07:03:00.000-07:002008-06-29T07:04:44.109-07:00Vaticano II: espírito ou doutrina?<p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><br /></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Autor: Rafael Vitola</p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><br /></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Por ocasião da escolha de Bento XVI ao trono de São Pedro, o barulho das fileiras liberais se fez, sobretudo, no sentido de que o novo Papa iria exercer seu pontificado na contramão do “espírito” do Concílio Vaticano II. Ao mesmo tempo, na Missa <i style="">Pro Ecclesia</i> e em quase todas as suas demais manifestações como Vigário de Cristo, o Santo Padre assumiu explicitamente um ministério coerente com as diretrizes daquele importante sínodo dos anos 60. Como resolver aparente contradição?</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">É necessário, antes de tudo, diferenciar os termos. O Concílio, em si, apesar de muitas expressões de não tão fácil interpretação (em virtude de outra linguagem adotada, que não a escolástica), em nada mudou a doutrina da Igreja. Nem poderia. E as, em certo sentido, dubiedades e dificuldades hermenêuticas devem ser resolvidas pela autoridade competente: como emanam da Igreja, chefiada pelo Papa, os documentos do Vaticano II, quando encerram dúvidas, precisam ser por ela mesma resolvidas. Havendo multiplicidade de interpretação, decide o Romano Pontífice. Enquanto ele não o faz nesta ou naquela passagem, procure-se seguir sempre o Magistério no que for claro. Com ele, guarda da Tradição e da Escritura, é que todo documento deve harmonizar-se.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Já o citado “espírito do Concílio” é coisa de outra ordem qualquer. Criada a expressão pelos progressistas, foi o tal “espírito” o responsável pela colossal crise pós-conciliar: completa confusão na catequese, esvaziamento dos seminários, noviciados e conventos, abusos sem-fim na liturgia, explosão de um novo modernismo teológico e do liberalismo moral, esquecimento das vestes próprias dos ministros ordenados, falso ecumenismo (bem distinto daquele pedido pelo Papa) etc. Como, durante o Concílio, não puderam os progressistas fazer suas teses – pois o Espírito Santo não deixa a Igreja enveredar pelo erro –, inventaram dois estratagemas: um foi dar uma interpretação liberal àquelas passagens confusas de que falamos, ou indo contra o Magistério e a Tradição, ou se antecipando temerariamente ao ensino dos Papas; o outro foi a criação da malfadada fórmula vocabular. Assim, o “espírito do Concílio” encerra toda a sorte de invencionices teológicas, muitas vezes indo contra as próprias palavras do Vaticano II. Serve a expressão para ser invocada sempre que o Sumo Pontífice justamente interpreta o Concílio de modo harmônico, em uma exegese de continuidade, como, aliás, é a sua tarefa. Havendo liberalismo a ser corrigido, seus próceres bradam: “vai contra o ‘espírito’ do Concílio!”</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Que vá, ora! Melhor ser contrário a esse “espírito”, que não é católico, do que trair o depósito da fé, custodiado pelo Magistério da Igreja, e nele o próprio Vaticano II.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Postas em ação de acordo com a verdade, as diretrizes conciliares são legítimas – ainda que, em alguns de seus aspectos pastorais, possam ser objetos de respeitosa discordância por parte de alguns, dentre os quais eu NÃO me incluo, frise-se. Cridas em consonância com a interpretação pontifícia, as partes doutrinárias do mesmo Concílio são católicas. Ainda que ferindo o “espírito” do Vaticano II, temos de ser fiéis à sua doutrina, ao Papa, guardião daquela fé que os Padres Conciliares, sob a guia do Beato João XXIII e de Paulo VI, pretenderam afervorar.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">A Igreja da doutrina do Concílio, do verdadeiro espírito do Vaticano II, é a Igreja de Jesus fundada há dois mil anos, e que nunca muda nem mudará o que crê. É a mesma que enfrenta, corajosamente, a crise provocada pela outra “igreja”, a do distorcido “espírito” conciliar. Esta, a da má interpretação do Vaticano II, é, segundo o abalizado juízo do Cardeal De Lubac, <span style="font-style: italic;">“uma nova Igreja, diversa da de Cristo.” (Discurso ao Congresso de Teologia, em Toronto, agosto de 1967)</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> Não é ao “espírito do Concílio” que os católicos devem fidelidade, mas à doutrina do Concílio, inspirada por outro Espírito, bem distinto: o Espírito Santo. Ele também elegeu, mediante os Cardeais do Conclave, o Soberano Pontífice, Bento XVI, a quem prestamos nosso mais filial voto de dócil obediência.</div>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-2593452172684658902008-06-29T07:00:00.000-07:002008-06-29T07:02:39.481-07:00Iluminismo: A Filosofia Sem Deus<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9-dXkm8zzpTkVG8D0b7R0894JmXajXaBkpiMhOLABh_RqsS16wQK7zGzJ-9bDGv5X9S2uIfDTBq9rvvJoZtARKYkCAt8FH4FLZrisfseitigI2KpMn7bxj3i2AjQVJXoS9gC074_F99o/s1600-h/bonaparte2.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9-dXkm8zzpTkVG8D0b7R0894JmXajXaBkpiMhOLABh_RqsS16wQK7zGzJ-9bDGv5X9S2uIfDTBq9rvvJoZtARKYkCAt8FH4FLZrisfseitigI2KpMn7bxj3i2AjQVJXoS9gC074_F99o/s320/bonaparte2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5190354919681149986" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 85%;"><span style="font-weight: bold;">por Carlos Eduardo Maculan</span></span><br /><span style="font-size: 85%;"><span style="font-weight: bold;"></span></span><br /><span style="font-size: 85%;"><span style="font-weight: bold;"></span><a href="http://www.sociedadecatolica.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=80"><span style="font-style: italic;"><span style="font-weight: bold;">© Copyright Sociedade Católica</span> clique - todos os direitos reservados na forma da lei</span></a></span><br /><span style="font-size: 85%;"></span><br /><span style="font-size: 85%;"></span><i>Para a Glória de Cristo Rei</i><br /><br /></div><div style="text-align: justify;">O pretensioso projeto revolucionário e sua abertura para o fim da moral. O iluminismo, que sem sombra de dúvidas, é o mais trivial período do pensamento humano, que proporcionou ao mundo a marginalização do Sagrado, e uma tentativa de destituir o Império de Cristo Rei do Universo, Senhor espiritual e temporal sentado à direita do Pai.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />O racionalismo, para os defensores de hoje e de outrora, despoticamente assume a condição de ser o sustento da base política do Estado, e o meio pelo qual se conhece a verdade, pois, negando que o homem é criado e se submete ao governo da lei natural que está impressa no coração de todos, expropria-se Deus da vida cotidiana, e estabelece uma forma de atuar politicamente que concretize a negação da moral. Acreditam que tudo está sujeito ao domínio da razão, e somente dela se faz a verdadeira leitura dos acontecimentos. Voltaire sintetiza essa questão no seu “dicionário filosófico” ao discorrer sobre a pretensiosa perniciosidade da religião. Tudo deve ser construído fora de Deus, e Aquele que É dominador da razão humana é categoricamente negado em benefício da liberdade. A filosofia sem Deus declara que o homem só pode conhecer a si mesmo no próprio homem, sendo ele fruto dele mesmo. A sentença “Nosce te Ipsum” de Sócrates, que já era de forma imperfeita um lampejo da luz divina, e que já condensava no seu enunciado aquilo que foi posteriormente enxertado na verdadeira videira conhecida por Cristo Jesus, é deturpado tanto em sua essência, quanto na sua prática. Vigora o utopismo onde o fundamental é a criação de um lugar fantasioso, contrário ao mundo criado, não importando se Deus, o Sumo Bem, está ou não no centro da filosofia, atuando então para substituir a religiosidade, a moral, a doutrina cristã, sancionando a destruição da firmeza de uma doutrina reta, fruto de séculos inteiros de verdadeira filosofia cristã, que em Santa Catarina de Siena faz a autêntica leitura do conhecimento do homem e de sua existência, purificando Sócrates e afirmando o absoluto: - Conhece a ti mesmo, em Deus. O Criador é o centro, e obrigatoriamente toda nossa construção filosófica deve para Ele convergir e n’Ele encontrar a razão do existir humano e toda ordem criada. O mundo só se conhece em Deus, pois a criatura não tem por direito enxergar-se fora de sua origem.<br /><br />O iluminismo necessitava destruir essa base filosófica tão profunda, fruto da fé que presta auxílio à razão, pois ela existindo e vigorando, seria uma ameaça real para as pretensões ilustradas que coloca a humanidade como senhora de si própria. Logo, com o desejo de fundar uma nova ordem de pensamento, tendo o homem e sua razão sem fé no centro, estabelecem os adeptos da revolução a mais perfeita corrupção do pensamento, colocando a humanidade na direção de sua própria história, e centralizando a busca da felicidade de forma a se negar que cada um possa escutar a voz de sua consciência, e ouvindo o desejo do infinito, deve se pautar pelo senso do correto fruto da lei moral. Pelas coisas criadas, o homem - segundo a doutrina Santa e Católica -, é capaz de conhecer Deus, portanto, toda a realidade circundante deve nos levar para a contemplação de Deus, sendo Ele a razão infinita, a inteligência suprema que supre as incapacidades da razão humana, e na melhor esteira do Doutor Angélico, sabe-se com certeza filosófica cristã, como servidora a teologia, que <i>o mundo e o homem atestam que não têm em si mesmo nem seu princípio primeiro nem seu fim último, mas que participam do Ser em si, que é sem origem e sem fim. Assim por estas diversas "vias", o homem pode aceder ao conhecimento da existência de uma realidade que é a causa primeira e o fim último de tudo, "e que todos chamam Deus"</i> (Santo Tomás de Aquino: Suma Teológica I, 2, 3)<br /><br />O “justo” para a corrente iluminista não é mais aquele que passa do estado de pecado para o estado de justiça diante de Deus, tornando-se amigo e servo do Seu Senhor, aceitando a iniciação cristã e submetendo à confissão sacramental, mas, aquele que muda a sociedade para só depois pensar em Cristo que nos colocou em estado de filiação divina, quando não - mesmo fazendo mudanças estruturais na vida social -, esquece-se totalmente da Sã Doutrina pregada pelos lábios Santíssimos do Nosso Senhor, e validando essas mudanças por meios que podem variar do uso da força revolucionária, até da subversão moral, de forma que a sociedade assuma os falsos valores pela repetição de conceitos livremente pregados contra a fé. Desconstruir o vigor cristão na vida cotidiana era a palavra de ordem, criando conceitos que colocavam a religião no campo das superstições, além o ataque frontal às certezas oriundas do catolicismo e dos mistérios divindos. O que os homens louvam no iluminismo é a destituição de Deus do poder e de Sua primazia sobre a filosofia; o que se aplaude é o decreto do pensamento que tenta – como se possível fosse -, retirar Deus do seu trono excelso para assim, colocar o homem no lugar; este mesmo que não lhe compete ocupar, pois qualquer criatura não exerce poder sobre si mesma. Opostamente, a máxima da verdade cristã enfatizada pelos filósofos do cristianismo, por sua vez, apregoa que a mudança começa pelo homem – criatura de Deus que é princípio e fim de toda a criação - que aceita a supremacia divina, devotando toda a capacidade intelectual em benefício de Cristo, sendo essa mesma inteligência devedora de se inclinar humildemente diante do esplendor da verdade; e depois de curvada diante do Senhorio Divino, modifica o espaço criado, pelo fato de ter assumido a prática das virtudes cristãs mantidas pela Igreja Católica, e anunciadas como frutos da Revelação Divina. Inverte-se os papéis na filosofia ilustrada, pois para os homens modernos, a sociedade deve ceder espaço para a humanidade no centro e Deus às margens. O utilitarismo da divindade, que só será consultada quando necessário, quanto surgir o interesse de ver a criação partindo do Criador, ou para justificar a imoralidade da razão como se fosse fruto de um desejo transcendental, ou então, é negada categoricamente, para dizer que o cristianismo perfeito e puro dentro da Igreja Católica, é pernicioso e insalubre ao conhecimento. Nega-se a direção única para a qual toda ciência deve tender: <i>“Procurai as coisas do alto, onde Cristo Se encontra, sentado à direita Deus. Pensais nas coisas do alto, e não nas da terra, pois morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus”.</i> (Col 3, 2 – 3).<br /><br />Enquanto os frutos do movimento revolucionário iluminista determinam uma inteira corrupção da razão, limitando ainda mais suas incapacidades, e orientando a humanidade para radicalizar a vida social sem ter a doutrina cristã como centro, instaurando modificações somente no campo material, vitimando o pensamento e as condutas humanas para ações somente em benefício da coletividade sem ter Deus, em detrimento da verdade católica, esta, por sua santa e esponsal união com Jesus Cristo, com toda sinceridade, e sabendo que nossas vidas devem ser pautadas pela abertura para o transcendente, condicionando nossas ações para o que é agradável aos olhos de Deus, ensinou pelos séculos passados e vindouros que a vida plena é a vida sobrenatural da qual já participamos no mundo criado redimidos pelos méritos da Cruz de Cristo e por sua ressurreição, a qual nascemos pelo batismo. A mudança deve, portanto, ter a base sólida no Redentor, que não degrada sob nenhuma hipótese a mudança da sociedade sob os valores fundados pela doutrina cristã – que é diametralmente oposta da pretensão iluminista -, pois mesmo procurando as coisas do alto, trabalham diuturnamente todos os homens cristãos para a construção do mundo mais humano <i>na humanidade</i> de Jesus Cristo, sendo a Pessoa Divina de Cristo o santificador concreto e absoluto da corrupção humana experimentada na corrupção moral, por isso, o mal iluminista reside no direcionamento deturpado que se dá para as coisas terrenas, usando-as não em benefício do bem, mas da expropriação de Deus. O poder é puramente material, e jamais decorrente de Supremo Senhor. Tudo que vive o cristão, que assume a filosofia <i>com Deus</i> e não <i>sem Ele</i>, deve ser adquirido pelo espírito da fé que recebe do amor a sua perfeição; o mundo é visto com Cristo no poder, então, a esperança que opta pela glória do Senhor latentemente irá se iniciar na terra: <i>“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito”</i> (Rom 12, 2).<br /><br />O homem não é o fim de si mesmo, pois se ele fosse seu próprio fim, além de salvar a si mesmo por seus próprios méritos, seria ele também sua causa, e sabemos fortemente que não exercermos senhorio sobre nós, porque se assim fosse, certamente escolheríamos nascer ou não nascer, quando, onde e como entraríamos na existência terrena. Pelo contrário, a causa e o fim de todas as coisas é Deus, sem Ele o sustento do universo e seu ordenamento, e evidentemente a sociedade, que faz parte do universo criado, não se sustentaria fora de Deus, e fora de Deus, tudo caminha para a aniquilação total de toda a criação. Quando o pensamento faz sua ruptura com a busca de contemplar as coisas do alto, deixando de procurá-la no universo criado e fazendo com que elas se iniciem aqui na terra, <i>Aquele que É</i> a causa e o fim de todas as coisas (Deus) não está no centro, pelo contrário, renuncia-se ao bem para se abraçar o mal, pois Deus é o sumo Bem, e por ser tal, não existe sumo Bem fora de Deus. Toda e qualquer filosofia que não tende para o seu fim último, sendo esse fim a causa primeira de tudo, arvora-se arrogantemente em dizer que ela é o fim de si própria. (cf. Santo Tomás de Aquino: Suma Contra os Gentios III, XVIII, 1)<br /><br />Existe a certeza cristã, que nos assevera com doce inteligência e excelsa sabedoria, que toda a criação, a sociedade, a humanidade, e todas as demais coisas estão sujeitas ao Cristo, até que Ele as submeta ao Pai (Cf. I Cor 15, 27s). Cristo reina em soberano império absoluto e supremo sobre todas a criaturas: <i>“E necessário que Cristo reine na inteligência do homem, a qual, com perfeito acatamento, há de dar assentimento firme e constantemente às verdade reveladas e à doutrina de Cristo; é necessário que reine na vontade, a qual há de obedecer às leis e preceitos divinos”</i> [Sua Santidade, o Papa Pio XI – Carta Encíclica Quas Primas ]. O homem só será governado para praticar o bem, quando participar da sabedoria celestial assistido pelo Espírito Santo, que beneficia a condição humana limitada com o discernimento para entender o que é bem e o que é mal. A disposição estável da inteligência é dominada por Deus, que permite, por grande amor do Pai pelos seus filhos, que não condicionemos em construir pensamentos que sejam distantes de Deus, pois buscando Sua face (Salmo 27) , encontraremos a justiça que abarca cada um para se viver Cristo, imitando-O; porque só assim não iremos corromper a vida social, como desejam os partidários das correntes iluministas.<br /><br />A conservação da vida, da sociedade, a pregação da verdadeira doutrina não se constrói concorrentemente ao poderio de Deus, porém, se faz de forma tão íntima com o Senhor, que com Ele a razão e a vontade de dirigir nossas ações para a concretização da vontade divina na terra se unem, o que possibilita toda a conservação do existir humano. O iluminismo pretende por sua vez, colocar a humanidade centrada em si própria pela negação dos conceitos universais da fé, fruto da verdade Revelada por Deus, e que já foi entregue de forma completa, sendo que nada há entre os homens que necessita ser revelado. O depósito dessa Revelação, que Deus fez de Si próprio, dando-se a conhecer através Filho, Encarnado no seio da Virgem Maria pela ação do Espírito Santo, está contido e guardado fielmente pela Igreja Católica, que na sucessão dos apóstolos, e sob o Primado de Pedro, fundador da Sé Romana, por sua autoridade constituída por Cristo, legou aos seus sucessores, os Papas, a mesma primazia sobre a fé dos povos.<br /><br />© Copyright Sociedade Católica<br /></div><br />____________<br /><b>Para citar:</b><br /><br /><b>MACULAN, Carlos Eduardo.</b> Apostolado Sociedade Católica: Iluminismo: A Filosofia Sem Deus. Disponível em: <a href="http://www.sociedadecatolica.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=123." target="_blank">http://www.sociedadecatolica.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=123.</a> Desde 25/02/08Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-34320367203022758762008-06-29T06:56:00.001-07:002008-06-29T06:56:41.147-07:00S. ROMUALDO de RAVENA, abade (+1027)<p> </p><div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiolHQf_wvbIGOIG4QbBIqT75Y8d_QsSobLT6Zq4aeDv_QdpIpJ5oWjzRtMGN-AaFmj6rifx8XhAc9_Fm9A9rULlSDz7kWBP1zAuLvlkRjb90EHqC5wE0oJFA-rGOtAsWO_CF36CN7bMbUq/s1600-h/saintr07.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiolHQf_wvbIGOIG4QbBIqT75Y8d_QsSobLT6Zq4aeDv_QdpIpJ5oWjzRtMGN-AaFmj6rifx8XhAc9_Fm9A9rULlSDz7kWBP1zAuLvlkRjb90EHqC5wE0oJFA-rGOtAsWO_CF36CN7bMbUq/s200/saintr07.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5213499795866356770" border="0" /></a>"<i>Italian nobility who spent a wild youth. Acting as second, he witnessed his father kill another man in a duel, and sought to atone for the crime by becoming a Benedictine monk at Classe, Italy. Abbot from 996 to 999. A wanderer, he established several hermitage and monasteries in central and northern Italy. He tried to evangalize the Slavs, but met with little success. Founded the Camaldolese Benedictines. Spent the last fourteen years of his life in seclusion at Mount Sitria, Bifolco, and Val di Castro. Spiritual teacher of Saint Wolfgang.</i>"</div><p class="blogger-labels"><a rel="tag" href="http://facaseluz.blogspot.com/search/label/Santo%20do%20Dia"><br /></a></p>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-23220974341575791382008-06-29T06:53:00.000-07:002008-06-29T06:54:30.712-07:00Liberdade religiosa e a Dignitatis Humanae<h3 class="post-title"> <a href="http://facaseluz.blogspot.com/" title="external link"><br /> </a> </h3> <p> </p><div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5AbFg4e69THzgCA-SurNVURt90BW8YDvqSkHJbkgPE7SoTzg6mQvxfoHprEysbzqgi40mXQT-SH0tibGnheXhElu9qv625szCGMgFN5ZSNNN1tS4L2hKIjj4-srJMrbtdAC6RhiHF-SSM/s1600-h/medina-estevez_ja_gga.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5215941176089626130" style="margin: 0px 10px 10px 0px; float: left;" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5AbFg4e69THzgCA-SurNVURt90BW8YDvqSkHJbkgPE7SoTzg6mQvxfoHprEysbzqgi40mXQT-SH0tibGnheXhElu9qv625szCGMgFN5ZSNNN1tS4L2hKIjj4-srJMrbtdAC6RhiHF-SSM/s200/medina-estevez_ja_gga.jpg" border="0" /></a><a href="http://facaseluz.blogspot.com/2008/06/le-droit-la-libert-religieuse-dans-la.html">Como se referiu anteriormente</a>, o prefácio de "<em><strong>Le Droit à la liberté religieuse dans la tradition de l'Église</strong></em>" foi escrito pelo <a href="http://www.vatican.va/news_services/press/documentazione/documents/cardinali_biografie/cardinali_bio_medina-estevez_ja_en.html">Cardeal Medina Estévez</a>, Perfeito emérito da Congregação para o Culto Divino e a disciplina dos Sacramentos.<br /></div><br /><span style="color: rgb(204, 0, 0);">O texto do prefácio encontra-se escondido aqui por baixo</span><br /><br />Citação: <div style="text-align: justify;"><blockquote>"<i>L'intention du Concile, à laquelle correspond le texte de la Déclaration, n'a donc rien à voir avec le relativisme religieux, l'indifférentisme ecclésial ou une sorte d'irénisme qui ignorerait l'identité catholique et le mandat missionnaire laissé par le Seigneur Jésus</i>".</blockquote></div>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-45728258190553956592008-06-29T06:51:00.000-07:002008-06-29T06:52:41.670-07:00Da Excelência do Traje Eclesiástico<h3 class="post-title"> <a href="http://casadesarto.blogspot.com/2008/05/da-excelncia-do-traje-eclesistico.html"><br /></a> </h3> <p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw7YW-OJwlSOnbkpmgBIjM5efrGow1THRqQjC01oxpIGAH-aresJNxYpz68Ccv_ZP1Cmav1CAQNfDSxot6XEiDvcTMYOtLw8ssFbxnYkVwiDA4-HiESnntB4UadY0mBCSXzPPyB2MkbUM/s1600-h/Traje2.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw7YW-OJwlSOnbkpmgBIjM5efrGow1THRqQjC01oxpIGAH-aresJNxYpz68Ccv_ZP1Cmav1CAQNfDSxot6XEiDvcTMYOtLw8ssFbxnYkVwiDA4-HiESnntB4UadY0mBCSXzPPyB2MkbUM/s400/Traje2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5204499853329041682" border="0" /></a><br /></p><div style="text-align: justify;"><a href="http://cruxetgladius.blogspot.com/search?updated-max=2008-05-19T23%3A01%3A00-08%3A00">"Siete Excelencias de la Sotana"</a>, um interessante artigo publicado no blogue <a href="http://cruxetgladius.blogspot.com/">"Crux et Gladius"</a> sobre o porte do traje eclesiástico, um dos acessórios da tradição mais odiados pela turba modernista e progressista.<br /><br />Aproveito a ocasião para lamentar, uma vez mais, o abandono quase total do uso deste traje por parte da maioria do clero português, indício exterior da sua gravíssima laicização, sem paralelo em qualquer outro país europeu, talvez com a excepção de França.</div>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-65874812354712519732008-06-29T06:48:00.000-07:002008-06-29T06:50:02.936-07:00<center><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/UiRpXsWlZK4&hl=en"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/UiRpXsWlZK4&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" width="425" height="344"></embed></object></center><br /><br /><div style="text-align: justify;"><a href="http://stift-heiligenkreuz.org/English.kinder-und-jugendfuehrungen.0.html">Abadia de Stif Heiligenkreuz </a>(Santa Cruz), situada nos arredores de Viena, remonta aos começos do século XII (é portanto contemporânea de <a href="http://www.360portugal.com/Distritos.QTVR/Leiria.VR/Patrimonio/Alcobaca/MosteiroAlcobaca.html">Alcobaça</a>) e foi visitada pelo Santo Padre Bento XVI durante a viagem que efectuou à Áustria, no passado mês de Setembro de 2007, e não por acaso certamente. Como é possível constatar pelas imagens supra, a Abadia está na vanguarda da "Reforma da Reforma" tão querida ao Papa, e no pleno trilho do espírito com que este pretende que a Liturgia católica seja celebrada.<br /></div>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-38608492353871119812008-06-29T06:44:00.000-07:002008-06-29T06:45:49.871-07:00São Cirilo de Alexandria, bispo e doutor da Igreja (+344)<p> </p><div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1PrkxFw4JxAxcou6oJFXp_zNNi0DTUQyk-P6xP-4lajwR_VnvY8T3aMWs1VYTGEAuTkhfpCyCEiCOVWDCoLUysGTmUlaoDZIMxd4wB2dM8xFbCP4UfkycHqZqkyzE1hZ5gMYMQFGTvx20/s1600-h/saintc15.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1PrkxFw4JxAxcou6oJFXp_zNNi0DTUQyk-P6xP-4lajwR_VnvY8T3aMWs1VYTGEAuTkhfpCyCEiCOVWDCoLUysGTmUlaoDZIMxd4wB2dM8xFbCP4UfkycHqZqkyzE1hZ5gMYMQFGTvx20/s200/saintc15.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5216481272066257394" border="0" /></a><br />"<i>Nasceu no ano 370 e seguiu a vida monástica; ordenado sacerdote, acompanhou seu tio, bispo de Alexandria, e foi seu sucessor no episcopado no ano 412. Combateu energicamente as doutrinas de <a href="http://www.agencia.ecclesia.pt/catolicopedia/artigo.asp?id_entrada=1312">Nestório</a> e foi a figura principal do <a href="http://www.newadvent.org/cathen/05491a.htm">Concílio de Éfeso</a>. Escreveu muitas obras de grande erudição, para explicar e defender a fé católica. Morreu no ano 444.</i><br /><br /><i>Advogado da <a href="http://www.agencia.ecclesia.pt/catolicopedia/artigo.asp?id_entrada=1186">Maternidade Divina da Virgem Maria</a></i>"</div><p class="blogger-labels"><a rel="tag" href="http://facaseluz.blogspot.com/search/label/Santo%20do%20Dia"><br /></a></p>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-50335135963387422952008-06-29T06:40:00.000-07:002008-06-29T06:43:37.533-07:00Pedro e a Igreja<div style="text-align: justify;"><strong><br />869</strong><strong> <span style="color: rgb(204, 0, 0);">A Igreja</span></strong><span style="color: rgb(204, 0, 0);"> é ... indestrutível; é infalivelmente mantida na verdade:</span> <strong>Cristo é quem a governa</strong> <span style="color: rgb(153, 0, 0); font-weight: bold;">por meio</span> de Pedro e dos outros apóstolos, presentes nos seus sucessores, <strong style="color: rgb(204, 0, 0);">o Papa e o colégio dos bispos</strong><span style="color: rgb(204, 0, 0);">.</span><br /><br /><strong>837</strong> «Estão plenamente incorporados na sociedade que é a Igreja aqueles que, tendo o Espírito de Cristo, aceitam toda a sua organização e todos os meios de salvação nela instituídos, e que, além disso, pelos laços da profissão de fé, dos sacramentos, do governo eclesiástico e da comunhão,<span style="color: rgb(153, 0, 0);"> </span><strong style="color: rgb(153, 0, 0);">estão unidos no todo visível da Igreja com Cristo que a dirige por <strong>meio do Sumo Pontífice</strong> e dos bispos</strong><span style="color: rgb(153, 0, 0);">,</span><br /><br /><strong>817</strong> ...já desde os primórdios surgiram algumas <span style="color: rgb(255, 0, 0);">cisões</span>... As rupturas que ferem a unidade do Corpo de Cristo ...<span style="color: rgb(255, 0, 0);"> devem-se aos pecados dos homens</span>:<br /></div><br /><blockquote><div style="text-align: justify;">«... Onde há pecados, aí se encontra a multiplicidade, o cisma, a heresia, o conflito. Mas onde há virtude, aí se encontra a unicidade e aquela união que faz com que todos os crentes tenham um só coração e uma só alma».<br /></div><br /><a href="http://facaseluz.blogspot.com/">[Fiat Lux]</a><br /></blockquote>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-7528710756683656182008-06-29T06:21:00.000-07:002008-06-29T06:38:53.342-07:00Senior Curial Cardinal says Humanae Vitae Was a "Defense of the Dignity of Women"<div align="justify"><em><br /><br />"The pill... turns premarital sex into a recreational activity like any other, creating a mentality in which couples enter marriage with a consumerist mentality that effectively makes a commodity of the spouse...<br /><br />Until 1930, not only did every Christian denomination teach that contraception is a grave moral wrong, but even the mainstream media and politicians disapproved... efforts to legalise contraception, pioneered in the US by Planned Parenthood foundress and racial eugenicist Margaret Sanger, were met with stony disapproval from the public.<br /><br />However, with the Anglican Church's guarded approval of contraception at the 1930 Lambeth Conference, a process of widespread acceptance of contraception was initiated, with numerous other donominations and churches following suit. Paul VI's 1968 encylical, Humanae Vitae, came as a shock to many in the Catholic Church, who had expected the Church to give its blessing to artificial contraception. Instead the Holy Father issued an uncompromising condemnation of all artificial contraception."</em></div><div align="justify"><em></em><em><br />Como diria G. K. Chesterton:</em></div><div align="justify"><em><br /><span style="color: rgb(204, 0, 0);">"[Catholicism] is the only thing that frees a man from the degrading slavery of being a child of his age."</span></em></div><div align="justify"><em></em><em><br />P.S. Chesterton sobre "Birth Control".<br /><br /></em></div>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4770120657111662405.post-50072788076370161652008-06-29T06:07:00.000-07:002008-06-29T06:09:22.150-07:00Ano Paulino em Portugal<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.agencia.ecclesia.pt/pub/1/img/12532381.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px;" src="http://www.agencia.ecclesia.pt/pub/1/img/12532381.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><div align="justify">Bispos admitem que a Igreja de hoje «tem dificuldade em anunciar Jesus Cristo a uma sociedade cada vez mais secularizada»<br /><br />Por ocasião do Ano Jubilar dedicado ao Apóstolo Paulo, nos 2000 anos do seu nascimento, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) publicou uma nota pastoral intitulada “Ano Paulino, uma proposta pastoral”, na qual assinalam que a Igreja de hoje “tem dificuldade em anunciar Jesus Cristo a uma sociedade cada vez mais secularizada”.<br /><br />Numa reflexão sobre a “corresponsabilidade dos cristãos na missão da Igreja”, a CEP afirma que “a importância e especificidade do ministério ordenado não pode significar a clericalização da Igreja”. O documento lembra o trabalho do Apóstolo na “nova fronteira da evangelização”, frisando que “este alargar do horizonte do anúncio do Evangelho é o desafio feito à Igreja por João Paulo II, lançando-a para uma nova evangelização”.<br /><br />Para os Bispos, as sociedades actuais “estão profundamente marcadas pelo hedonismo e pelo materialismo, reduzindo o problema de Deus ao arbítrio e à decisão humana, fiel a ritos, mas incapaz de reconhecer o Deus vivo e transcendente”. <br /><br />“A Igreja também hoje corre o risco de limitar o anúncio de Jesus Cristo àqueles que continuam no seu redil, compreendem a sua linguagem e conhecem as suas leis”, alerta a CEP.<br /><br />Destacando a “fidelidade de Paulo a Jesus Cristo”, os Bispos portugueses falam de “caminhos de conversão para todos os evangelizadores, também eles chamados a deixarem-se possuir por Jesus Cristo para poderem anunciar o Seu Evangelho.<br /><br />A nota justifica esta necessidade afirmando que “o alargamento do anúncio do Evangelho aos descrentes e aos que abandonaram a vida cristã, supõe evangelizadores com as características exigidas pela nova evangelização”. <br /><br />“No dizer de João Paulo II, esses evangelizadores têm de ser possuídos de um novo ardor, porque o seu testemunho é um primeiro anúncio de natureza querigmática. As Igrejas de Portugal necessitam de repensar estes dois elementos da nova evangelização”, pode ler-se.<br /><br />Para a CEP “é preciso identificar, preparar e enviar esses evangelizadores. Na pedagogia e nas atitudes a primeira evangelização é diferente da catequese. E muitas crianças, jovens e adultos que inserimos nas nossas catequeses organizadas, precisavam desse anúncio querigmático”.<br /><br />“O Ano Paulino oferece-nos estímulo para aperfeiçoar a nossa catequese e conceber a acção pastoral como um meio de aprofundar um processo contínuo de iniciação cristã”, refere.<br /><br /><br />Evangelização<br /><br />Os Bispos procuram deixar claro que “evangelizar não é uma estratégia e não se reduz a um programa: é uma paixão de amor por Jesus Cristo e pelos nossos irmãos e irmãs”.<br /><br />“Com Paulo, o ardor da evangelização brota da sua paixão por Jesus Cristo. O encontro com Cristo na estrada de Damasco mudou a sua vida”, lembram.<br /><br />Frisando que “o primeiro anúncio é de Jesus Cristo salvador, morto e ressuscitado”, a nota lembra que o Apóstolo teve a particularidade de se adaptar aos destinatários, em particular aos não judeus: “Ousou mesmo, sem recusar o diálogo, enfrentar o mundo da cultura helenista, marcada por várias sabedorias e pelo sincretismo filosófico e religioso. Foi talvez a sua pregação no Areópago de Atenas que o levou a convencer-se mais de que só com as sabedorias humanas não se chega à sabedoria da Cruz”.<br /><br />Depois de afirmarem que “a fé é o grande acontecimento da vida do cristão”, os Bispos portugueses defendem um caminho catequético que leve “à identificação com Cristo”, lembrando que “Paulo não separa a vida pessoal do cristão da vida da Igreja: o cristão caminha em Igreja e não é apenas o indivíduo que se identifica com Cristo, mas toda a Igreja se identifica com Cristo”. <br /><br />Para viver este período, a CEP publica um itinerário catequético, de 52 semanas, intitulado “Um ano a caminhar com São Paulo”. Apresenta um tema para cada semana do ano e destina-se, além das pessoas individualmente, às famílias, aos grupos paroquiais, à pastoral juvenil e aos Movimentos.<br /><br /><br />A 25 de Janeiro de 2009, na festa litúrgica da conversão de São Paulo, será organizada uma grande celebração nacional nesse dia, na Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima.<br /><br /></div>Maria Evorahttp://www.blogger.com/profile/00571452594250956023noreply@blogger.com0