Das ideologias que se têm imposto, a democracia doí pela forma implícita como é tida por prerrogativa de qualquer povo, fonte de leite e mel. Enchem a boca de "liberdade", os que a impõem. A democracia da cruzinha, do voto universal pela analfabetização votante, implica um pressuposto de tolerância. A tolerância é a virtude da modernidade.
Acompanham-na muitas outras, substitutas das virtudes cristãs. Fazem lembrar as nomenclaturas progressistas dos dias, das quais Portugal desdenhou, e bem, herança que não fosse a de contar as férias, o Sábado e o Dies Domini. Mas nos valores da civilização, seguiu a vanguarda da mutação revolucionária e propõe aos seus que sejam, por exemplo, agentes de solidariedade. No tempo, num passado que parece distante e bárbaro, ficou a Caridade como visão pejorativamente beatifica do mundo, e a Paciência como qualidade da virtude tolerante...
Que nos ensinam na escola? Que a tolerância é necessária ao respeito e cordial convivência entre ideias e ideologias. Ou seja, que ela é o critério em si da sociedade democrática, e por isso se eleva a virtude do homem comunitário. A tolerância é a prática da Justiça, dizem, o ponto de tendência.
O problema é que esta justiça inventada acarreta sempre a anulação das virtudes defendidas pelas facções em disputa, de forma a estabelecer um contracto social mínimo sem critério fixo, relativo. E eu pergunto: que virtude, ou algo que dessa essência comungue, pode anular outra virtude, diminui-la, em função de terceiras? Há virtudes contrárias? Uma essência contra si mesma não se anula? Não é isto o avesso da tolerância? Não faz sentido...
Agora, consta que para os democratistas faz. Afinal, eles cultuam o vazio, que é tudo e nada ao mesmo tempo, a contradição pura (e chamam-lhe contraditório...). As nações diluem-se, a Europa assenta na diluição... os EUA são um melting pot, um sonho liberal, uma estátua... são, verdadeiramente, uma América. Tudo é estética e a tolerância é a estética de um marasmo político que atrofia os miolos. Ou então, a política morreu no mesmo instante do grito de "liberdade" zaratustriano.
Mas Zaratustra era tolerante?...
[GR]
Acompanham-na muitas outras, substitutas das virtudes cristãs. Fazem lembrar as nomenclaturas progressistas dos dias, das quais Portugal desdenhou, e bem, herança que não fosse a de contar as férias, o Sábado e o Dies Domini. Mas nos valores da civilização, seguiu a vanguarda da mutação revolucionária e propõe aos seus que sejam, por exemplo, agentes de solidariedade. No tempo, num passado que parece distante e bárbaro, ficou a Caridade como visão pejorativamente beatifica do mundo, e a Paciência como qualidade da virtude tolerante...
Que nos ensinam na escola? Que a tolerância é necessária ao respeito e cordial convivência entre ideias e ideologias. Ou seja, que ela é o critério em si da sociedade democrática, e por isso se eleva a virtude do homem comunitário. A tolerância é a prática da Justiça, dizem, o ponto de tendência.
O problema é que esta justiça inventada acarreta sempre a anulação das virtudes defendidas pelas facções em disputa, de forma a estabelecer um contracto social mínimo sem critério fixo, relativo. E eu pergunto: que virtude, ou algo que dessa essência comungue, pode anular outra virtude, diminui-la, em função de terceiras? Há virtudes contrárias? Uma essência contra si mesma não se anula? Não é isto o avesso da tolerância? Não faz sentido...
Agora, consta que para os democratistas faz. Afinal, eles cultuam o vazio, que é tudo e nada ao mesmo tempo, a contradição pura (e chamam-lhe contraditório...). As nações diluem-se, a Europa assenta na diluição... os EUA são um melting pot, um sonho liberal, uma estátua... são, verdadeiramente, uma América. Tudo é estética e a tolerância é a estética de um marasmo político que atrofia os miolos. Ou então, a política morreu no mesmo instante do grito de "liberdade" zaratustriano.
Mas Zaratustra era tolerante?...
[GR]
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